Pecuaristas precisam estar atentos a fatores relacionados ao desperdício de alimentos, especialmente no período de seca.
O período de seca, nas regiões sudeste e centro-oeste, vai de maio ao final de setembro, e, nesta época, há uma tendência de queda de peso dos bovinos, por conta de fatores como a menor qualidade do pasto, o que pode causar prejuízos ao produtor. Para contornar a situação, existem algumas alternativas como o semiconfinamento, que pode ser ainda mais efetivo quando comparado a suplementação.
Como explica o Zootecnista José Leonardo Ribeiro, gerente de produtos de ruminantes na Guabi Nutrição e Saúde Animal, no semiconfinamento, o gado permanece no pasto e a forragem continua sendo colhida pelo animal. Adicionalmente, é fornecida ração no cocho, cuja quantidade normalmente varia de 0,5% a 1,2% do peso vivo do animal, a depender da oferta de alimento volumoso e do ganho de peso esperado. Normalmente, o fornecimento ocorre uma única vez ao dia.
É importante que o produtor esteja atento a alguns fatores relacionados ao desperdício da alimentação, adotando estratégias como o uso de rações com pellets de maior comprimento e diâmetro. Isso porque, ao disponibilizar no cocho uma ração farelada, por exemplo, inevitavelmente haverá perda de uma fração fornecida. “A ação do vento e a maneira como o bovino ingere a ração farelada, acarretará na queda de uma fração do produto no solo, o qual não será aproveitado, causando uma perda estimada entre 5 a 15%”, aponta Ribeiro.
Manejo no semiconfinamento
No período de seca, a perda de peso pode chegar a 150g por dia, quando o valor nutricional da forragem é baixo e o animal não recebe um suplemento mineral proteico. Neste cenário, o semiconfinamento se mostra vantajoso em locais onde não há uma estrutura de confinamento estabelecida, já que instalar cochos para o semiconfinamento a pasto se torna uma alternativa mais viável para o produtor. “Se o pecuarista tem a intenção de fazer com que, durante o período seco, seu animal ganhe acima de 800 g por dia, terá que fazer o semiconfinamento. Além disso, ao oferecer nutrientes para suprir o que falta no pasto, é possível potencializar o consumo de forragem, fazendo com que o animal volte a ganhar peso de maneira interessante”, avalia.
Outro fator fundamental é fornecer uma ração em quantidade e valor nutricional adequados, para diminuir o tempo de engorda do animal, o que proporciona uma economia maior ao produtor, e, de quebra, é mais sustentável, já que menos recursos são necessários na produção. “Se o animal só é suplementado em alguns momentos do ano, ele pode demorar até 4 anos para atingir o peso ideal do abate. Ao fornecer a suplementação planejada, durante a vida toda, ele receberá um aporte nutricional mais elevado, reduzindo o período necessário para ser abatido. Se ele for abatido mais jovem, terá uma carne mais macia, com menos colágeno e mais maciez, produzindo um produto mais desejado e de maior valor agregado. Para o consumidor é bom porque ele consome uma carne de melhor qualidade”, comenta.
Soluções
Para elevar a degradabilidade, digestibilidade e absorção de nutrientes, a partir da forragem ingerida pelo animal, durante o período de seca, Ribeiro recomenda rações que contenham prebióticos e probióticos, como a GuabiTech Supripasto 28, que oferece macronutrientes, como proteínas e carboidratos, potencializando o consumo de forragem. E para evitar o desperdício, a recomendação é uma ração peletizada, como a GuabiTech Supripasto 28, cujo pellet apresenta aproximadamente 3,0 cm de comprimento e 1,6 cm de diâmetro. Os produtos são compostos por nutrientes e aditivos necessários para melhorar a eficiência alimentar do animal durante o período de seca. Mais informações podem ser obtidas no Portal Guabi Bovinos: guabibovinos.com.br.