A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, enviou uma carta ao ministro-chefe da Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) e se colocou à disposição para tratar pessoalmente sobre a paralisação das exportações de carne bovina para a China. No entanto, ela ainda está aguardando resposta.
As informações foram repassadas pela assessoria da ministra ao Correio do Estado. O embargo aconteceu no dia 4 de setembro e já dura mais de mês e meio. Esse é o maior período de embargo à carne bovina brasileira por parte do país asiático. Em 2019, também por um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) ou vaca louca, as exportações ficaram suspensas por 13 dias.
Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as suspensões ocorreram em respeito ao protocolo firmado entre os dois países, que determina essa ‘postura’ em casos de doença da vaca louca.
“O Brasil foi totalmente transparente com as autoridades sanitárias chinesas, informando da possibilidade de EEB antes mesmo da confirmação oficial pelo laboratório canadense”, completou em nota, enviado ao Correio do Estado.
Ainda de acordo com informações do Mapa, não há como estabelecer uma data para a retomada das exportações de carne para a China, pois a decisão não cabe ao Governo brasileiro.
Entretanto, o Ministério tem enviado solicitação para reunião técnica, que ainda não foi agendada pelas autoridades chinesas, que alegam estarem analisando as informações enviadas.
No dia 3 de setembro, o Mapa confirmou dois casos da doença vaca louca. Um foi detectado em um frigorífico de Belo Horizonte e o outro na cidade de Nova Canaã do Norte, em Mato Grosso.
As duas confirmações foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada.
Conforme informações da pasta, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada oficialmente sobre o caso positivo. As duas confirmações foram tratadas como casos atípicos.