A despeito de estar encerrando o período com um valor 6% superior ao da abertura do mês, o frango vivo (base: preço ao produtor no interior paulista) obtém em abril valorização mensal de não mais que 1,8%. Ou seja: outra vez, muito pouco frente ao aumento de preço de sua principal matéria-prima que, no mês, registra incremento superior a 6,5%.
Aparentemente, tal perda se dilui ao comparar-se o desempenho atual com o de um ano atrás, pois, frente a um aumento de 79% do milho, o frango valorizou-se mais de 62%. Mas essa valorização é ilusória. Porque está baseada nos baixos preços de abril de 2020, entre os menores da década passada.
Isso fica mais claro quando o comparativo são os preços médios do quadrimestre, período em que, frente ao mesmo quadrimestre de 2020, o frango valorizou-se 41,6%, ficando à distância do milho (+73,2%) e, mais ainda, do farelo de soja (+105,3%).
Pior, no entanto, é a situação do outro grande consumidor das duas matérias-primas, o suíno. Pois embora seus preços tenham sido corrigidos em 10% no mês e em 73% nos últimos 12 meses (vale repetir aqui: base baixa há um ano), no quadrimestre obteve valorização (+25,5%) equivalente a menos de um quarto do aumento do farelo de soja e a, praticamente, um terço do aumento do milho.
Apesar de estar encerrando abril com preço inferior ao da abertura do mês, o único a se sair bem nesse cenário é o boi (exceto o confinado, que também depende de matérias-primas alimentares caras).. Pois embora sua valorização em abril tenha sido modesta (+2,5%), em 12 meses aproxima-se dos 60% e no ano (1º quadrimestre) supera os 52%.
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