Mercado está motivado pela alta do dólar e renegociação da carne na exportação.
Negócios para os animais com padrão exportação estão sendo negociados a R$ 310,00/@ em São Paulo. A expectativa é que os preços para o Boi China se consolide neste patamar em função da alta do dólar e também pelo fato das indústrias renegociarem os valores do produto que são destinados ao mercado externo.
De acordo com o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, é possível que haja um distanciamento nos preços do animal comum e do boi china ao longo de março. “Eu acho que esse vai ser o principal driver que deve acontecer durante esse mês, mas a diferença deve ficar entre 10 e 15 reais de um animal para o outro”, afirma.
Os preços da carne bovina estavam sendo negociados a US$ 5.000 no ano passado, mas na virada do ano tivemos pequenos reajustes e foram para US$ 5.100. “As empresas pleiteiam um ajuste de 10% e a indústria brasileira informa que é necessário fazer esse reajuste devido a matéria prima estar muito escassa”, aponta.
Já no mercado doméstico, o consumo de carne bovina segue lento e os frigoríficos não conseguem repassar novas altas de preços. “As pequenas indústrias estão sofrendo muito neste primeiro trimestre de 2021 para conseguir animais terminados e para conseguir boas margens de rentabilidade”, comenta.
A tendência é que tenha um volume maior de animais sendo direcionados para o abate entre abril e maio, principalmente gado de pasto. “Apesar de acreditarmos que a oferta vai melhorar nos próximos meses, a disponibilidade de gado ainda deve permanecer muito restrita ao longo deste ano se comparado com os anos anteriores”, relata.