Na semana passada, falando acerca das dificuldades enfrentadas pela avicultura de corte frente ao contínuo aumento dos custos e observando que, mesmo assim, a carne de frango continua competitiva em relação à carne bovina, o médico veterinário Érico Pozzer, Presidente da APA, ressaltou que “com um quilo de carne bovina se compra três quilos de carne de frango”.
Mais, Sr. Presidente, mais. E quem demonstra isso é o PROCON-SP, ao apresentar a evolução de preços da cesta básica do consumidor da cidade de São Paulo: seus levantamentos apontam que, na média do primeiro semestre de 2021, no varejo paulistano, o valor de um quilograma de carne bovina possibilitou adquirir 3,805 kg de carne de frango. Ou, se considerado apenas o poder de compra de junho passado, 3,903 kg.
O aumento do poder de compra do frango não é caso recente, mas histórico. Porém, passou a sofrer forte aceleração no ano passado quando, pela primeira vez na história recente dos dois setores, o valor de um quilograma de carne bovina correspondeu a, aproximadamente, 3,4kg de carne de frango. Mas não se imaginava que poderia atingir os índices atuais, cerca de 34% superiores aos de dois anos atrás (2,832kg em 2019, ou seja, quase dois quilos a menos que em 2021).
Em tempo: em todas estas comparações, a carne de referência é a de segunda. Se a base for a carne de primeira, o poder de compra do frango em junho passado (frente a 1 kg de carne bovina) foi de quase cinco quilogramas ou, mais exatamente, 4,733 kg.
Acompanhe as Edições de Junho: Revista do AviSite e Revista do Ovo