O Índice de Preços de Alimentos da FAO (FFPI, na sigla em inglês registrou média de 130,0 pontos em setembro de 2021, um aumento de 1,14% (1,5 ponto) em relação a agosto e 32,1 pontos (32,76% por cento) em relação ao mesmo mês do ano passado. No mês, o aumento foi influenciado sobretudo pelos preços mais altos da maioria dos cereais e óleos vegetais. Os preços dos lácteos e do açúcar também ficaram mais firmes, enquanto o subíndice de preços das carnes permaneceu estável. Não foi mencionado, mas os 130 pontos do mês passado corresponderam ao maior valor registrado pela FAO nos últimos 10 anos, ficando menos de meio ponto percentual aquém dos 130,4 pontos de setembro de 2011.
Como vem ocorrendo com frequência desde o ano passado, o maior incremento mensal em setembro foi registrado pelos cereais, cujos preços registraram aumento de 2,01%. Aqui, a maior participação no aumento veio de trigo (+4%). Em contraste – diz a FAO – os preços mundiais do milho permaneceram em geral estáveis, pois aumentaram apenas 0,3% por cento acima de agosto, “já que a pressão de alta das interrupções de portos relacionadas ao furacão nos EUA foi contrabalançada por melhores perspectivas de safra global e o início das colheitas nos EUA e na Ucrânia”. Ainda assim, a FAO ressalta que os preços do milho permanecem elevados, pois se encontram quase 38% acima dos níveis de setembro de 2020.
Com, em média, 115,5 pontos, o Índice de Preços de Carne da FAO ficou praticamente inalterado em relação ao valor (revisado) de agosto passado (115,4 pontos) e 24,1 pontos (26,29%) acima do valor no mês correspondente do ano anterior.
Em setembro, a alta dos preços da carne bovina também continuou inabalável, já que a disponibilidade limitada de gado para abate na Oceania e na América do Sul pesou sobre a oferta global. Em contraste, após subir consecutivamente por nove meses, as cotações de carne de frango caíram com o aumento dos volumes de oferta global, enquanto os preços mundiais da carne suína também caíram devido à menor demanda de importação da China e à redução da demanda interna, especialmente na Europa.
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