Os resultados da exportação brasileira de carnes em agosto de 2021 dão o tom do dinamismo do setor no mercado internacional: o incremento no volume embarcado não chegou a 4%, mas a receita cambial gerada por esses embarques foi perto de 41,5% maior que a de agosto de 2020.
Como se conclui, não foi o volume, mas a valorização no preço médio que proporcionou esse desempenho. Aliás, pelos dados da SECEX/ME, recuaram no mês, pela média diária, os embarques das carnes de frango (-1,55%) e suína (-11,19%). Ou seja: apenas a carne bovina continuou registrando aumento de volume, com incremento de 6,21% sobre agosto de 2020.
Felizmente, agosto de 2021 teve um dia útil a mais que o mesmo mês do ano passado. Assim, as reduções foram neutralizadas e o aumento potencializado. O volume de carne bovina aumentou 11,26% e o de carne de frango 3,13%. Só o de carne suína continuou negativo, acusando redução anual de 6,96%.
Recaiu também sobre a carne suína o menor aumento no preço médio: incremento de 7,49% sobre agosto de 2020. Já o da carne de frango aumentou 31,82% e o da carne bovina 41,73%.
Daí um novo recorde – quase US$1,850 bilhão no mês – na receita cambial dos três produtos. Cerca de 56% desse total foram proporcionados pela carne bovina, cuja receita aumentou 57,69% em relação a agosto do ano passado. Outros 33% vieram da carne de frango, com aumento anual de 35,96%. A carne suína (com, praticamente, a mesma receita de agosto de 2020) respondeu pelos 11% restantes.
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