A entrada de animais de safra no mercado deve ser comedida nos próximos dias e manter os preços do animal sustentados no mercado interno,conforme apontou a análise mensal do Itaú BBA. A oferta restrita de animais deu sustentação aos preços do boi gordo em março, que ficou na média de R$ 309,35/@ com um avanço de 2,4% frente ao mês anterior.
No atacado, as referências para carcaça casada registraram valorização durante o mês de março, que subiu 2,0% e finalizou cotado a R$ 19,75/kg. Com isso, o spread dos frigoríficos no mercado doméstico achatou um pouco mais, com uma desvalorização de 4,2%, o que tem levado ao fechamento de algumas plantas voltadas ao mercado interno.
“Com os preços firmes do boi e da carne motivando os produtores, o bezerro no Mato Grosso do Sul avançou 4,3% em março, já sendo negociado no início de abril acima de R$ 3.200/cabeça, o equivalente a R$ 460/@”, informou o Itaú BBA em seu relatório.
No estado do Mato Grosso, as cotações do boi magro (12@) está cotado acima de R$ 4.500/cab, o equivalente a R$ 371,00/@. “Essas bases de preço do animal magro combinadas com os custos da ração atuais e a curva futura do boi indicam margens projetadas para os confinamentos no próximo trimestre apertadas”, reportou.
Já para os animais que entraram no confinamento nos últimos 3 meses e serão abatidos ao longo de abril o cenário ainda é positivo diante da contínua evolução dos preços dos boi gordo.
Para os próximos meses, o cenário segue positivo para o mercado do boi gordo com as exportações aquecidas. “Se o real seguir desvalorizado frente ao dólar e preços competitivos no mercado internacional deve colaborar para o animal seguir firme. “Para os frigoríficos voltados ao mercado interno, o quadro deve seguir difícil com a oferta de animais escassa e a queda do consumo interno desafiando a manutenção das plantas em funcionamento”, concluiu.