Para a mesma temporada, consultoria prevê colheita brasileira em 142,63 mi de t
Levantamento realizado pela Consultoria DATAGRO estima uma produção de 209,15 milhões de toneladas para a safra 2021/22 de soja na América do Sul, abaixo da projeção inicial de 211,94 mi de t. Apesar da redução, caso se confirme, representaria um aumento de 6% sobre os 197,18 mi de t do recorde revisado da temporada 2020/21.
Em relação à área, prevê-se 62,66 milhões de hectares – o relatório anterior havia apontado 62,75 mi de ha –, 2% superior aos 61,43 mi de ha colhidos na revisada safra 2020/21, o que deve resultar em um novo recorde histórico.
“A exemplo da safra anterior, os produtores da região devem ter evolução heterogênea de incrementos da área semeada, com aumentos expressivos no Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai, mas nova redução na área da Argentina”, diz Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO. “Em relação à produtividade média, a projeção considera relativa normalidade no clima, mas cercado de incertezas devido à consolidação do fenômeno La Niña, que está trazendo chuvas aquém do normal no Cone Sul”, complementa.
Para o Brasil, o maior produtor de soja do mundo, estima-se uma produção de 142,63 mi de t, um pouco abaixo dos 144,07 mi de t da intenção de plantio. Caso se concretize, significaria um avanço de 4% sobre os 136,97 mi de t do recorde obtido na safra atual. Para a área, projeta-se 40,48 mi de ha, ante 39,06 mi de ha em 2020/21. Se confirmado, seria o 15º ano consecutivo de aumento.
Os números preliminares para a Argentina, segundo maior produtor da oleaginosa no continente, indicam uma produção potencial de 50,00 mi de t, volume 10% superior à frustrada temporada atual. A expectativa é de uma área inferior, passando dos atuais 17,10 mi de ha para 16,50 mi de ha e, se o clima ajudar, a área a ser colhida pode ter redução um pouco menor, de 16,50 mi de ha para 16,00 mi de ha.
A DATAGRO projeta área e produção maior para o Paraguai, mas sem recordes. Em relação ao primeiro, estima-se 3,550 mi de ha, ante 3,350 mi de ha em 2020/21; já o potencial de produção, em condições de clima regular, pode chegar a 10,50 mi de t, no somatório das safras de verão e de inverno, contra 9,70 mi de t em 2020/21.
Para a Bolívia, o levantamento indica que a área pode alcançar um novo recorde, passando dos atuais 1,43 mi de ha para 1,45 mi de ha; a produção, 3,19 mi de t, montante 7% superior ao da temporada atual e pouco acima do recorde de 3,03 mi de t colhidos em 2019.
Para o Uruguai, projeta-se uma área de 1,18 mi de ha, aquém da estimativa inicial de 1,23 mi de ha, mas 7% acima do observado na temporada 2020/21. O potencial produtivo está previsto em 2,83 mi de t, volume 39% superior ao atual, no entanto, abaixo dos 3,06 mi de t colhidos em 2019.