O ritmo exportado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada registrou uma desaceleração na primeira semana de maio/21, na qual alcançou 29,8 mil toneladas. Os embarques nesta primeira semana de maio tiveram uma queda de 21,78% frente ao volume de carne bovina exportada na primeira semana de abril/21, que atingiu 38,9 mil toneladas.
De acordo com o analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, o recuo do câmbio na última semana pode ter impactado os embarques de carne bovina. “O recuo do dólar acaba ligando um sinal de alerta no mercado, mas não foi o único fator que levou à redução dos embarques. A China trabalhou pela recomposição de seus estoques de carne bovina e atuou de maneira mais tímida no mercado”, informou ao Notícias Agrícolas.
A Secretaria de Comércio Exterior (Camex) reportou que a média diária embarcada ficou em 5,9 mil toneladas e teve uma queda de 23,06%, frente a média diária do mês de maio do ano passado, que estava em 7,7 mil toneladas.
O volume total exportado em maio do ano passado ficou em 154, 9 mil toneladas, porém a expectativa para este mês é de manutenção dos volumes embarcados e no faturamento. “Os casos de peste suína africana devem continuar favorecendo as exportações de carne bovina, mas as exportações em Maio devem ficar no patamar de 120 mil a 140 mil toneladas”, concluiu o analista da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini.
Os preços médios no acumulado nos cinco primeiros dias úteis de maio ficaram próximos de US$ 4.903,2 mil por tonelada, na qual teve uma alta de 11,56% frente aos dados divulgados em maio de 2020 que registraram o valor médio de US$ 4.395,2 mil por tonelada.
O valor negociado para o produto foi US$ 146,161 milhões no acumulado na primeira semana de maio deste ano, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de maio do ano anterior foi de US$ 681,146 milhões. A média diária ficou em US$ 29,232 milhões e registrou uma desvalorização de 14,17%, frente ao observado no mês de maio do ano passado, que ficou em US$ 34,057milhões.