A estiagem, a chuva em excesso e o frio são desafios permanentes à pecuária de corte em regiões do Sul do Brasil. Com o aprimoramento de conhecimentos e tecnologias ao longo dos últimos anos, os criadores passam a contar com soluções eficientes para amenizar perdas e potencializar resultados. O planejamento é um aliado que faz enorme diferença em uma atividade importante para a economia do Oeste e do Paraná. É disso que trata novo capítulo da edição de inverno do Show Rural Coopavel e que pode ser integralmente acessado nos seguintes endereços: www.showrural.com.br e no youtube.com/showruralagro.
O episódio foi produzido em Guaraniaçu, um dos principais redutos de gado de corte do Paraná. Devido às características do terreno, Guaraniaçu tem boa aptidão para a atividade, informa o pecuarista Mauri Antônio Alamini, que há mais de 20 anos se dedica à criação de bovinos. Praticamente toda a propriedade de 432 alqueires é dedicada a plantéis para abate. São 1.350 animais das raças Angus, Brangus e Nelore Mocho que devido à qualidade de sua carne encontram espaço cada vez maior entre consumidores de todo o País.
Todo ano, Alamini consegue mandar 480 animais para o frigorífico, mas a meta é ultrapassar a marca das 500 cabeças no ano que vem. Atualmente, a propriedade trabalha com três lotes – vaca de cria, bezerros e animais com dois anos, idade considerada ideal para o abate. O grande desafio da atividade, segundo o pecuarista, é a nutrição. “Não é possível controlar as intempéries, todavia com mais de duas décadas dedicadas à atividade, e com a correta assistência técnica, encontramos formas de garantir a alimentação que o plantel precisa”, afirma Alamini.
Adotar um controle rigoroso quanto à oferta de comida aos animais é uma etapa indispensável para o sucesso do negócio. “É preciso se prevenir com milho mais precoce, aveia e adubar a pastagem. Aqui, costumamos fazer silagem no verão e mantemos sempre atenção fixa no clima”. Para obter um animal de dois anos bem acabado é fundamental garantir que todas as exigências nutricionais dele sejam devidamente contempladas.
O médico veterinário da Coopavel José Djalma reconhece a importância e recomenda o planejamento como aliado para enfrentar os prejuízos na alimentação animal provocados pelo clima. “O pecuarista precisa ter capim permanente de boa qualidade, volumoso e silagem”. Para conseguir isso ele precisa investir em análise de solo, adubação e manter as áreas de pastejo sempre limpas.
Muitos pecuaristas utilizam a suplementação proteica o ano todo. “Com isso, o mineral contribui para otimizar tudo o que o animal vier a consumir”, explica José Djalma. A escolha de uma ração de qualidade é outro passo indispensável que precisa ser adotado pelo criador para obter os melhores resultados possíveis, diminuindo ainda mais possíveis impactos de intempéries no seu plantel.