Com as importações reabertas pela China somente na derradeira quinzena de 2021, as exportações brasileiras de carne bovina dificilmente repetirão o desempenho de 2020, quando ultrapassaram ligeiramente a marca dos 2 milhões de toneladas, aumentando perto de 8% em relação a 2019.
Neste ano, até novembro, o volume total embarcado somou 1,694 milhão de toneladas, quase 85% delas representadas por produto in natura. Correspondendo a, praticamente, 24% das carnes exportadas pelo Brasil, esse volume significou queda anual de 8,11% e só não afetou a receita cambial do produto porque a carne bovina valorizou-se perto de 20% no mercado internacional. Daí uma receita cambial 9,5% superior à dos mesmos 11 meses de 2020 e uma participação de 46,59% na receita total das carnes.
Com um volume equivalente a quase 57,5% das carnes até aqui exportadas pelo País, a de frango registra aumento de volume próximo de 8,5% e uma valorização no preço médio de, praticamente, 15%. Em decorrência, sua receita cambial neste ano aumentou 24,59%, contribuindo com 37,33% da receita total das carnes.
Mesmo perdendo o ritmo anterior, os embarques de carne suína permanecem crescentes, tendo aumentado 14,55% entre janeiro e novembro deste ano. Seu preço médio, nos últimos meses, vem registrando evolução negativa. Ainda assim, na média do ano, a valorização continua positiva (+5,86%), disto resultando uma receita cambial 17,52% maior e uma participação de 13,35% na receita total das carnes.
Comparativamente ao mesmo período ao ano passado, a participação das carnes de frango e suína na receita cambial total das carnes aumentou 7,2% e 1,12%, respectivamente. Já a participação da carne bovina recuou 5,77% – efeito dos mais de 100 dias de interrupção dos embarques para a China.