Os animais confinados chegaram à fazenda na região de Bauru (SP) há três meses. É o primeiro confinamento feito na fazenda. Atualmente são 1,2 mil cabeças de gado e existe a previsão de chegar a engordar cinco mil animais por ano.
Investimento que tem sido feito de olho da valorização da arroba, hoje cotada em mais de R$ 300.
No estado de São Paulo, o rebanho bovino tem 11 milhões e 600 mil animais e, na opinião de José Maurício Lima Verde Guimarães, presidente do Sindicato Rural Agropecuarista de Bauru e região, esse número poderia ser bem maior.
“Na nossa região, Bauru e região, diminuiu muito com a entrada do eucalipto com diminuição de pastagem, mas ainda do estado de São Paulo é um grande produtor de carne”, diz.
José Maurício também é criador de gado. Ele reconhece que o mercado bovino atravessa um bom momento, mas o dólar alto tem causado reflexos no setor.
“Tem dois lados. Tem no custo e tem na venda. Na venda valoriza a arroba para exportação, mas os custos, a grande maioria são commodities e os preços com dólar alto sobem muito. A arroba hoje varia entre 300 e 350 para boi de melhor qualidade e os um pouco pior por volta de 320. É um bom momento, mas os custos aumentaram demais, então a margem não é boa hoje”, completa.
Luís Paulo Machado Pessoto é consultor agropecuário e trabalha ajudando os produtores a equilibrarem os custos. Atualmente está na fazenda de Marília (SP), acompanhando a evolução da engorda do gado.
Além disso, o produtor tem apostado na exportação para fechar as contas no azul. Porque o mercado externo paga em média R$ 30 a mais por arroba do que o mercado interno.
Ele explica que o motivo das exportações aumentarem por razão do dólar em alta e a demanda crescente.
Um frigorífico que fica em Lençóis Paulista (SP) e que também tem unidades no Paraná atende à demanda interna, mas boa parte da carne produzida vai para o mercado internacional.
A previsão é de que as exportações aqueçam ainda mais o setor e a perspectiva é, inclusive, de ampliar os negócios para outros países.