Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o processo de valorização do real é um fator preponderante que explica a queda nos preços da arroba, pois faz os frigoríficos exportadores aumentarem a pressão sobre os pecuaristas, uma vez que as exportações se tornam menos vantajosas com o amplo processo de valorização cambial.
“Além disso, precisa ser considerado o avanço da oferta de animais terminados no mercado doméstico. Nesse ambiente, os frigoríficos não encontram dificuldade na composição de suas escalas de abate, que hoje atendem entre seis e oito dias úteis em média”, afirma Iglesias.
Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 332 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 301.
Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 308. Em Uberaba (MG), preços a R$ 320 por arroba. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 313.
Boi no atacado
No mercado atacadista, a segunda-feira (4) foi de preços estáveis.
Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços no decorrer da semana.
“No entanto esse movimento será moderado. É possível que nem mesmo a potencial alta do atacado seja capaz de elevar os preços do boi gordo, uma vez que as escalas de abate são muito confortáveis neste momento. A preferência por proteínas mais acessíveis seguirá como um fator relevante de formação de tendência em 2022, com a carne de frango assumindo a preferência da população brasileira”, disse Iglesias.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,40 por quilo. O quarto traseiro foi cotado a R$ 23,50 por quilo. A ponta de agulha seguiu com preço de R$ 15,50 por quilo.