A chegada da entressafra, quando o mercado tem dificuldade de encontrar gado para abate, somada à diminuição do poder de barganha dos recriadores e aos preços levemente menores do boi gordo no mercado físico, pressionaram as cotações dos animais para reposição na última semana, apontou a analista de mercado da Scot Consultoria, Thayná Drugowick, em relatório.
Na média de todas as categorias de machos e fêmeas, nos Estados pesquisados pela Scot, o recuo foi de 0,7% no comparativo semanal. Ao longo da última semana as quedas foram puxadas pelas fêmeas, que recuaram 1,1% na média de todas as categorias e Estados, afirmou. Do lado dos machos, na mesma comparação, a queda foi de 0,3%. Destaque para a bezerra de ano e desmama, com recuo de 1,7% e 1,3%, respectivamente, frente à semana anterior.
Segundo a analista, por outro lado, a disparidade entre as cotações do boi gordo e da bezerra tem favorecido a relação de troca para essas categorias. “Para o curto prazo, o cenário no mercado de reposição é de cotações mais frouxas, puxado principalmente pelo maior volume de bezerros desmamados chegando ao mercado nas próximas semanas”, avaliou.
No relatório, Drugowick apontou, ainda, que de janeiro a maio, considerando a média de todas as categorias de machos no Tocantins, as cotações caíram 12,1%. Já o boi gordo recuou 5% no mesmo período. “Em função disso, o poder de compra do recriador/invernista melhorou 8,2% no período”, disse a analista. A melhor relação de troca ficou para o bezerro de desmama. Em janeiro passado, com a venda de um boi gordo de 19 arrobas comprava-se 1,97 bezerro de desmama, atualmente compra-se 2,18, conforme a Scot. Para o curto prazo, o cenário no mercado de reposição deve se manter pressionado no Estado.