A safra paulista de grãos deverá fechar o ciclo com produção de 10,25 milhões de toneladas, um aumento de 18,6% em relação à safra 2020/21. A área plantada também apresenta aumento de 3,4%, chegando a 2,48 milhões de hectares semeados. Com isso, a produtividade média indica 4.131 kg/ha. Os dados são do 11° Levantamento da Safra de Grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (11).
A cultura mais expressiva no estado é o milho, que deve render 4,32 milhões de toneladas – 32,4% a mais que na safra anterior. Apesar do aumento na produção, a área apresentou uma pequena redução (-1,3%), com 873,1 mil hectares plantados.
No caso do milho, as áreas de sequeiro sofreram com a estiagem, mas o retorno das chuvas em meados de maio beneficiou o desenvolvimento vegetativo, especialmente as áreas que estavam iniciando a fase de enchimento de grãos. Também não houve ocorrência de geada nas áreas de milho em maio e junho.
Apesar da alta incidência da cigarrinha do milho (Dalbulus Maidis), que também colaborou para a queda da produtividade das lavouras, a colheita do milho de segunda safra já alcança 58% da área total semeada, com uma produtividade média de 4.339 kg/ha, 66,9% maior do que na safra anterior.
Análise Climática – Em grande parte da Região Sudeste, assim como no Centro-Oeste, não foram registrados acumulados de chuva, havendo predominância de tempo seco e redução do armazenamento de água no solo, porém estas condições também favoreceram os cultivos de segunda safra que se encontram nas fases finais de desenvolvimento. Em algumas áreas de São Paulo houve restrição hídrica nos cultivos que se encontram em estádios fenológicos mais sensíveis. Já em áreas do sul do estado e litoral da região, mesmo com acumulados de chuva observados em torno de 30 mm, houve redução dos níveis de água no solo nessas áreas.
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