Em setembro, entre as três principais carnes negociadas mundialmente, apenas a suína obteve aumento de preço em relação ao mês anterior: no quarto aumento consecutivo do ano, teve seu preço corrigido em quase 1% e, com isso, voltou a registrar pequeno resultado positivo (+0,21%) no acumulado dos nove primeiros meses de 2022. Efeito, conforme a FAO, do déficit de suínos prontos para o abate na União Europeia.
Em oposição, as carnes de frango e bovina voltaram a registrar decréscimo de preço pelo terceiro mês consecutivo. A maior perda (-1,43%) foi da carne bovina, devido – palavras da FAO – “às altas disponibilidades de exportação do Brasil e à elevada liquidação de gado em alguns países produtores”. Já o preço da carne de frango registrou redução marginal (-0,30%), pois ainda que a oferta tenha permanecido restrita (“efeito da Influenza Aviária em alguns países exportadores”), a demanda foi moderada. Apesar das reduções, as duas carnes mantêm-se valorizadas no ano. O ganho da carne de frango nos nove primeiros meses de 2022 ficou próximo de 17% e o da carne bovina superou os 12%.
Interessante notar que, pelos levantamentos mensais da FAO, as carnes bovina e de frango mantêm, muito aproximadamente, a mesma paridade de preço observada por ocasião do período-base adotado para o atual acompanhamento de preços. Ou seja: em relação à média registrada no triênio 2014/2016,os preços da carne bovina evoluíram 25,41% e os da carne de frango menos de três pontos percentuais a mais: 28,24%. Por seu turno, a correção obtida pela carne suína ficou próxima, mas ainda aquém, dos 10%.