Após a inversão da estratégia de imunização, estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a partir do dia 1º de novembro, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa dará início a sua segunda fase.
Ela abrangerá o rebanho de todas as idades nos seguintes estados: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Tocantins, além de parte de Roraima.
Tanto o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura (DSA-Mapa) quanto o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) estão acompanhando com atenção a distribuição de doses para atendimento da demanda oficial de vacina para esta etapa da campanha de vacinação.
“A demanda oficial estabelecida, de 175 milhões doses para esta etapa, está garantida. Já disponibilizamos mais de metade deste volume. As doses restantes estão armazenadas na Central de Selagem de Vacinas e serão distribuídas às revendas de todo o Brasil ao longo do mês de novembro”, afirma Emílio Salani, vice-presidente Executivo do Sindan.
Erradicação
A vacinação contra a febre aftosa é essencial para desenvolver a imunidade do rebanho, dificultar a propagação do vírus no ambiente e, consequentemente, promover a erradicação da febre aftosa, impedindo que a doença volte ao Brasil.
A expectativa, no entanto, é realizar mudanças significativas na forma de atuação do PNEFA. Ele irá substituir a vacinação sistemática e passará a reforçar de forma gradual e contínua os mecanismos de vigilância agropecuária. Dessa maneira, ampliará a capacidade de detecção precoce e resposta rápida às possíveis ocorrências de febre aftosa.
“O Brasil conta com uma das vacinas mais seguras e eficientes para imunizar o rebanho. Por isso, o produtor rural precisa saber que a precificação do seu produto não será menor depois da vacinação, pelo contrário, ao aderir a essa medida, ele estará garantindo um selo de qualidade que irá valorizar ainda mais o seu rebanho”, reforça Salani.
A primeira medida a ser tomada pelos criadores será adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados no MAPA, nas Secretarias de Agricultura ou Agências que os representam nos Estados, uma vez que os estoques de vacina disponível para comércio são cadastrados pelas revendas em sistemas informatizados estaduais.
Suspensão da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa
Até 2026, o Brasil buscará o reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Cada estado está sendo avaliado pelo Ministério da Agricultura com base em seu sistema de vigilância e ações de defesa agropecuária.
Assim, garante-se a segurança quanto a reentrada da doença e permitindo determinar quando deixará de vacinar seu rebanho. Hoje, a vacinação é a principal forma de proteção dos rebanhos contra a doença. Ela propicia a imunidade necessária aos animais para inviabilizar a existência do vírus ou frear a reentrada no país.
“Compreendemos essa medida como uma forma positiva rumo à meta de erradicação da Febre Aftosa no Brasil. Estamos mantendo o ritmo de imunização do rebanho, de acordo com o planejamento definido para este ano. Nosso compromisso é atender o pecuarista de todo o Brasil. Queremos viabilizar as melhores soluções em todos os aspectos. Principalmente no que diz respeito à saúde e ao controle de qualidade do rebanho”, conclui o vice-presidente do sindicato.