A campanha de vacinação contra a febre aftosa começou nesta terça-feira (01) e já cobre 21 estados brasileiros. Todo o rebanho bovino e bubalino, de mamando a caducando, deve ser vacinado.
A vacinação contra a febre aftosa ocorre até o dia 30 de novembro. A estimativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) é que sejam vacinados nesta etapa 33 milhões de bovinos e bubalinos no estado.
O Indea reforça que os produtores rurais mato-grossenses devem comunicar a conclusão da vacinação do rebanho, bem como realizar atualização do estoque do mesmo.
“A comunicação pode ser presencial nas unidades do Indea no interior e pelo Módulo do Produtor, sistema online da autarquia. O prazo é até 10 de dezembro. Já no caso dos municípios que já são zona livre de febre aftosa sem vacinação, os produtores rurais devem comunicar o estoque do rebanho até 30 de novembro”, pontua o coordenador de Defesa Sanitária Animal do órgão, Felipe Peixoto.
Última campanha contra febre aftosa em Mato Grosso
Em Mato Grosso apenas não irão imunizar os animais contra a febre aftosa os municípios de Aripuanã, Comodoro, Colniza, Juína e Rondolândia, todos na região noroeste do estado, uma vez que já possuem status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
A etapa de novembro poderá ser a última de vacinação a ser realizada em Mato Grosso, Distrito Federal e mais cinco estados pertencentes ao Bloco IV.
Mato Grosso possui o status de zona livre da doença com vacinação desde 1996.
A suspensão da imunização do rebanho bovino e bubalino no estado faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA).
Marcos Carvalho, analista de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), salienta que é necessário haver comprometimento por parte dos pecuaristas.
“É uma etapa que o produtor precisa fechar com chave de ouro, porque temos um comprometimento com a Organização Mundial de Saúde Animal de cumprir esse último requisito, essa última etapa de vacinação. Lembrando que nessa última etapa os produtores devem vacinar os bovinos e bubalinos de todas as idades. E tem uma novidade que é o Indea estar fazendo o cadastramento da marca do rebanho, que é muito importante”, frisa Carvalho.
A expectativa do setor produtivo com o fim da imunização contra a febre aftosa é que haja, além de redução nos custos com a aquisição da vacina, uma valorização da carne mato-grossense, principalmente abertura de novos mercados.