Termina na próxima quarta-feira, dia 30 de novembro, a campanha de vacinação contra febre aftosa no Estado de São Paulo. A expectativa é que sejam imunizados cerca de 10,8 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos) de todas as idades.
Conforme relatório emitido, na sexta-feira (25), pelo sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE) da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), mais de seis milhões de animais já foram vacinados. O número exato segundo o relatório é de 6.008.093 (seis milhões, oito mil e noventa e três).
Ainda de acordo com o GEDAVE, 57.601 (cinquenta e sete mil, seiscentos e uma mil) propriedades já atualizaram o rebanho e declararam a vacinação. O número representa 48,047% de todas as propriedades do Estado.
Na análise das 40 regionais da Defesa Agropecuária, a que apresenta o maior número de animais imunizados é a de Presidente Venceslau com 523 mil bovídeos vacinados. Já em relação às propriedades, a regional de Jales é a que apresenta a maior porcentagem de declarações, com 58%.
O produtor tem até 7 de dezembro para realizar a declaração da vacinação, preferencialmente por meio eletrônico, através do GEDAVE. Quando não for possível, o produtor poderá acessar a declaração na internet clicando aqui, preencher e entrega-la pessoalmente na unidade da Defesa Agropecuária mais próxima.
Como vacinar
A primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Isso porque todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a etapa da campanha é cadastrado pela revenda no GEDAVE.
No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.
A vacina deve ser mantida refrigerada entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia, não podendo nunca ser congelada.
Para realizar a vacinação deve ser escolhido de preferência o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes. A recomendação é usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço) por via subcutânea (abaixo do couro). Independentemente da idade, a dose é de 2 ml de vacina. As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação.
O criador que deixar de vacinar e de comunicar a vacinação estará sujeito a multas que variam de 03 a 05 UFESP’s por animal, sendo de 05 UFESP’s (159,85 reais) por cabeça que deixar de vacinar e 03 UFESP’s (95,91 reais) por cabeça que deixar de comunicar. O valor de cada UFESP – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é de 31,97 reais para o ano de 2022.
Consulta
Além das declarações, o GEDAVE está disponível para que pecuaristas e produtores acessem informações em relação à compra do imunizante, como por exemplo, quantidade de estoque e estabelecimentos credenciados para o comércio.
Uma vez dentro do sistema GEDAVE, que pode ser acessado no site da Defesa Agropecuária no link Link, a pessoa interessada em adquirir a vacina deve pesquisar por “estoque de insumos em comerciantes de produtos biológicos veterinários”.
Mais informações estão disponíveis no site
Suspensão da vacinação
Na última quarta-feira (23), o Governador Rodrigo Garcia anunciou notificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) informando que após avaliação do serviço veterinário oficial que envolvem ações de Defesa Agropecuária, o Estado de São Paulo evolui no Plano Estratégico (2017-2026) do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PNEFA), condição que permite a retirada da vacinação contra a doença. Importante ressaltar que, mesmo com a possibilidade da retirada, São Paulo respeitará as próximas janelas de vacinação que incluem as campanhas de 2022 e 2023.
Mais informações em Link.