Em 2022, o Índice FAO de Preço dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) atingiu 143,7 pontos, valorizando-se quase 15% em relação ao ano anterior. Com isso atingiu o maior nível de todos os tempos, superando em cerca de 9% o recorde de 131,9 pontos registrado há mais de 10 anos, em 2011.
A despeito do novo recorde, o exercício foi encerrado com a menor média em 14 meses, pois, atingindo 132,4 pontos em dezembro, o FFPI recuou pelo nono mês consecutivo, recuando quase 2% sobre o mês anterior e cerca de 1% sobre dezembro de 2021.
Comparativamente ao mês anterior, só açúcar e laticínios registraram evolução de preço (respectivamente, 2,43% e 1,11%). Ou seja: carnes, cereais e gorduras vegetais continuaram em queda, registrando variação negativa de, também respectivamente, 1,18%, 1,90% e 6,68%.
Já em termos anuais, retroagiram os preços das gorduras vegetais, exclusivamente (queda de quase 20% em relação a dezembro de 2021). Assim, valorizaram-se as carnes (+2,52%), os laticínios (+7,87%), os cereais (+4,81%) e o açúcar (+0,64%).
No tocante às médias anuais, o aumento em 2022 de 14,3% no FFPI (comparativamente a 2021) foi puxado sobretudo por laticínios, cereais e gorduras vegetais (com variações de 19,60%, 17,93% e 13,90%), pois a valorização obtida pelas carnes (de 10,42%) ficou abaixo do FFPI e a do açúcar não chegou a 5%. Ainda assim, os cinco grupos de alimentos acompanhados pela FAO obtiveram preços recordes em 2022.