Com meio século de legado, produtor é pioneiro na raça Angus e ILP em MS
Com meio século de legado na pecuária de corte no País, um produtor de Mato Grosso do Sul é uma das grandes referências por ser o pioneiro na raça Angus e na adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária no Estado.
Com meio século de legado, produtor é pioneiro na raça Angus e ILP em MS
O grande feito foi do produtor rural Wilson Brochmann. Ele está à frente da Agropecuária Maragogipe, no município de Itaquiraí (MS).
“A minha família tem origem no campo. Sou natural de Erechim, no interior do Rio Grande do Sul, e desde pequeno o meu pai já tinha essa atividade”, diz Brochmann.
A fazenda está completando 50 anos de serviços prestados à pecuária brasileira.
Isso representa meio século de muitas pesquisas, testes e experimentos que resultaram num dos rebanhos mais produtivos do Brasil.
O início do pioneirismo da Maragogipe em MS
Brochmann ao lado da mãe, Sara. Foto: Acervo pessoal
Depois de formado no curso de agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1973, o produtor recebeu a Maragogipe do pai, o senhor Pedro.
“Meu pai comprou a Maragogipe e então disse: ‘agora você toca’”, diz o produtor.
O produtor saiu do Rio Grande do Sul e fixou suas raízes em Mato Grosso do Sul.
De lá para cá, o Brochmann pôde aplicar todos seus conhecimentos na propriedade especialmente num tema muito precioso para ele ainda na época de faculdade: o melhoramento genético de animais.
A raça Angus e as primeiras experiências com a inseminação artificial
Entre os experimentos, o grande destaque vai para o pioneirismo no cruzamento industrial no estado com a raça Angus, desde 1979.
Brochmann fez a primeira inseminação de cruzamento industrial em Mato Grosso do Sul.
“Eu tenho até guardada a nota fiscal do sêmen. Era de um sêmen de um touro americano chamado Emulus”, diz o produtor.
Os bezerros nasceram em 1980, e foram os primeiros bezerros dessa técnica no Estado.
Pioneirismo em sistema de integração lavoura-pecuária (ILP)
Os sistemas integrados de produção de carne e grãos são destaques na fazenda e foram aspectos importantes para uma produção sustentável.
A revolução foi relevante para a fazenda, pois foi iniciada numa época em que não se fala em termos como ILP.
Gado com genética de ponta
Bovinos com genética Angus da Maragogipe. Foto: Acervo Maragogipe
O legado com a pecuária fez inclusive com que a Maragogipe se tornasse uma das principais fornecedoras de genética CEIP do País.
Atualmente a propriedade conta com quase 50 touros de central, inclusive alguns líderes de sumários.
E a base desses reprodutores possuem uma base fundamental: a preocupação com melhoramento das matrizes da fazenda.
“O slogan da Maragogipe é o grande segredo é a matriz. Você já viu o bom filho de um touro ser filho de uma vaca ruim?”, diz Brochmann.
Por isso, os programas de melhoramento valorizaram e muito a avaliação das fêmeas.
Isso fez com que o rebanho da Maragogipe possuísse hoje sua uniformidade e padronização característica no rebanho de 2 mil vacas.
O resultado é de lotes de animais para o abate, com genética Angus e Nelore, que ficam prontas para o abate aos 14 e 15 meses de idade.