A criação de gado bovino no Brasil foi iniciada com animais taurinos trazidos da Península Ibérica pelos colonizadores, os quais, depois de adaptados, deram origem às raças denominadas “crioulas” ou “taurinas localmente adaptadas”.
Os zebuínos entraram no País, vindos da Índia, somente a partir do século XIX. Até o início dos anos de 1970, os mestiços zebuínos e desses com as raças crioulas compunham a maioria do nosso rebanho. Os trabalhos de melhoramento genético se restringiam à coleta de dados de genealogia e de provas zootécnicas, as quais foram implantadas no final dos anos 1960.
Quem explica é a Embrapa, em seu livro comemorativo pelos 50 anos da entidade. O livro chama-se “O Brasil em 50 alimentos” e a carne bovina ganhou um capítulo à parte. Segundo o livro, a seleção de reprodutores era feita com base em características do biótipo animal, de acordo com o padrão racial.
A reprodução se fazia por monta natural, enquanto a inseminação artificial apenas dava os seus primeiros passos. A pecuária era mais desenvolvida nos biomas Pampa e Pantanal, com pastagens nativas de boa qualidade.
Em áreas mais férteis, por exemplo, com capins do tipo jaraguá, gordura e colonião, o gado ganhava peso no verão, mas perdia boa parte dele na época seca seguinte. A grande fronteira a ser conquistada era o Cerrado, com solos ácidos e de baixa fertilidade, cujas pastagens naturais eram nutricionalmente muito pobres. Com baixos índices de desempenho, a produção sequer atendia a demanda do País, que apresentava um consumo de meros 18 kg de carne por habitante por ano.
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