Focada em entregar suas metas climáticas globais que visam a neutralidade de carbono até 2050, a Danone Brasil avança com seu projeto pioneiro de agricultura regenerativa, chamado Projeto Flora.
Para impulsionar a iniciativa, a companhia tem investido R$ 1 milhão por ano em ações que apoiam e capacitam pequenos a grandes produtores leiteiros, viabilizado a aplicação de novas técnicas de produção a fim de disponibilizar as ferramentas necessárias para promover uma produção de leite mais sustentável.
Após validar sua fase piloto, o Projeto Flora entrou em nova etapa, passando a viabilizar mais modelos de produção de leite e tornando-se acessível a mais produtores.
Com isso, focou em práticas consolidadas como manejos de solo e dejetos, recuperação de áreas degradadas e a integração lavoura pecuária floresta (ILPF). Assim, o projeto visa uma transformação para a agricultura regenerativa em todos os sistemas produtivos de leite.
Com resultados positivos, o Flora atraiu novos produtores em 2022 e provou ser escalável, atingindo um número superior à meta de hectares esperada para o ano. A expectativa de expandir a iniciativa para 188 hectares de área, em 2023, já foi alcançada e agora a iniciativa já conta com 1.400 hectares, ultrapassando a meta inicial em mais de sete vezes.
“A Danone tem a ambição de desenvolver e promover modelos regenerativos e eficientes de produção agropecuária que sejam ambientalmente corretos, socialmente justos e economicamente viáveis. Nossa aposta é expandir a aplicação da agricultura regenerativa em nossa cadeia de fornecimento, capacitando parceiros e abraçando novos modelos de produção para conseguir transformar em larga escala a maneira como os nossos produtos são produzidos, agregando mais qualidade e benefícios para as pessoas e para o planeta”, disse Henrique Borges, Diretor de Compras de Leite da Danone Brasil.
Atualmente, o programa conta com 33 fazendas participantes e somam mais de 1.400 hectares. Juntas, essas propriedades localizadas no sul de Minas Gerais já são responsáveis por 14% do volume de leite diário que é fornecido para a produção de produtos da Danone.
Com a conclusão dessa primeira fase de expansão, a expectativa é atingir uma redução de emissão de carbono de mais de 10% em relação aos dados 2020. O objetivo não é apenas contribuir para as metas climáticas, mas redesenhar processos em todo o ecossistema produtivo e fomentar mais eficiência e rentabilidade no campo.
Benefícios para o produtor
Nesta nova etapa, o Projeto Flora, têm focado em promover práticas regenerativas eficientes, visando impactar positivamente a rentabilidade de seus parceiros no fornecimento de leite, enquanto também busca reduzir a pegada de carbono de suas produções. Entre os resultados já coletados com as fazendas parcerias da Danone que promovem práticas mais sustentáveis em sua produção, observou-se aumentos relevantes de produtividade, margem líquida e rentabilidade por hectare.
Em um levantamento realizado em parceria com Educampo, SEBRAE e o Departamento de Inteligência do Trabalho Rural em propriedades fornecedoras da Danone, entre Junho de 2021 e Maio de 2022, notou-se que as fazendas mais eficientes conquistaram 3 vezes mais produtividade por hectare (L/ha/ano), um resultado entre 8 e 9 vezes maior margem líquida por hectare e 34,5% menos emissão de carbono por quilo de leite produzido nas fazendas, em relação às fazendas menos eficientes deste estudo.
Projeto Flora
O Flora foi criado em 2019 como uma iniciativa que reforçaria o comprometimento da Danone com responsabilidade socioambiental. O primeiro investimento foi a implementação de uma unidade demonstrativa localizada na Fazenda Gordura, em Guaranésia (MG), que hoje atua como Fazenda Escola aos produtores parceiros da Danone, onde eles podem fazer dias de campo e conhecer os benefícios, além de engajar outros produtores e fazendas para ampliar essa cadeia de parceria.
“Quando comecei a trabalhar com leite, buscava aplicar uma técnica com uma proposta mais natural, aproveitando as condições climáticas. Um dia apareceu a Danone justamente querendo isso”, lembra Caio Rivetti, produtor de leite da Fazenda Gordura.
“A entrada de novos parceiros nessa nova fase foi fundamental para agregar mais conhecimentos e está enriquecendo o projeto, que é uma fonte de experiências acessíveis aos produtores, e possíveis de serem aplicadas em suas propriedades”, completa Rivetti.
O projeto começou no modelo de produção a pasto para desenvolver um sistema agroflorestal produtivo e rentável, no qual floresta e animais convivem em harmonia. É o que se chama de IPF, Integração Pecuária-Floresta, um modelo em que vacas leiteiras são criadas em um ambiente com plantação de árvores frutíferas, nativas e pequenos arbustos, reciclando seus próprios nutrientes e criando um ecossistema natural e mais sustentável.