Estabilidade prevista para este ano leva em consideração o aumento no custo do boi magro e a queda no preço do boi gordo.
Em 2023, o Brasil deve confinar 6,995 milhões de bois, o que representa uma estabilidade em relação a 2022, quando foram confinados 7,028 milhões de cabeças, com uma possível queda de 0,5%.
As informações são da primeira rodada do Censo de Confinamento, realizado em abril, pela dsm-firmenich, empresa responsável pela marca de suplementos nutricionais para animais Tortuga.
Segundo a especialista comercial e de produtos da dsm-firmenich, Fabiana Fonseca, o número de bovinos confinados vinha apresentando um crescimento anual de 4% a 5%, como observado de 2020 a 2021 e de 2021 a 2022, mas a tendência é que se estabilize neste ano.
Ela destaca que, na primeira rodada, o Mato Grosso deve manter os mesmos níveis de confinamento, São Paulo deve crescer 4%, Goiás recuar 3%, Minas Gerais aumentar 6% e Mato Grosso do Sul retroceder 6%.
Hugo Cunha, gerente técnico de Confinamento da dsm-firmenich para a América Latina, afirma que a estabilidade prevista para este ano leva em consideração o aumento no custo do boi magro e a queda no preço do boi gordo.
No entanto, ele ressalta que esses números podem ser revisados nas próximas rodadas, uma vez que já se observa uma redução no valor da reposição diária do boi gordo e na dieta alimentar dos animais no mercado.
Cunha admite que essa revisão pode ocorrer mais adiante, uma vez que apenas 35% dos bovinos são confinados no primeiro período, e 65% no segundo semestre.
Sergio Schuler, vice-presidente do negócio de Ruminantes da dsm-firmenich para a América Latina, observa uma mudança no cenário de confinamento nas fazendas brasileiras ano após ano.
Ele destaca que os grandes confinamentos, com mais de 10 mil bovinos, têm crescido e agora representam 52% do mercado, enquanto os pequenos confinamentos, com menos de mil animais, têm diminuído significativamente e atualmente representam apenas 3% do total de animais confinados.
Além disso, Cunha ressalta os resultados do Tour de Confinamento realizado pela DSM em 2022, destacando a evolução dos confinamentos brasileiros em termos de modernização, automação, bem-estar animal, sustentabilidade e nutrição de precisão.
Schuler acrescenta que o Censo de Confinamento da dsm-firmenich mostra que quanto maior a produtividade nos confinamentos, menor o custo de produção e maior a rentabilidade obtida pelos pecuaristas.