Com a terceira queda consecutiva da taxa básica de juros da economia, a chamada Taxa Selic, de 12,75% para 12,25%, um dos setores que deve se aquecer com o novo percentual é o agronegócio brasileiro.
De acordo com o country manager da Quimtia Brasil, indústria especializadas no desenvolvimento e na fabricação de insumos direcionados para nutrição animal, com os juros em baixa, a tendência é que pequenos, médios, mas também grandes produtores optem cada vez mais por financiamentos junto a instituições financeiras. “É um movimento óbvio: queda da taxa básica de juros resulta barateamento dos financiamentos”, comenta.
No caso dos produtores animais, o especialista ressalta que recorrer a financiamentos tem sido enxergado ao longo do ano como uma estratégia cada vez mais viável. “Isso deve garantir com que a pecuária brasileira, assim como mercados correlatos, como o da nutrição animal – que é responsável por quase 70% do custo da produção animal –, se mantenha em crescimento”, afirma.
Pós pandemia é fator contribuinte para que produtores passem a considerar financiamentos
Ele ressalta, ainda, que a atual situação econômica do País também tem sido um aspecto determinante para que produtores rurais passem a considerar a escolha por empréstimos financeiros como um caminho assertivo a ser seguido, já que,
Para o especialista, o fato de ainda estamos no período considerado pós pandemia tem colaborado significativamente para que reservas financeiras de produtores continuem a se esgotar. Por isso, ele ressalta, que a atual situação econômica do País também tem sido um aspecto determinante para que produtores rurais passem a considerar a escolha por empréstimos financeiros como um caminho assertivo a ser seguido.
Ainda segundo ele, acredita-se que a adesão a financiamentos ocorra para todos os portes de produtores. No entanto, a opção de recorrer aos bancos como a primeira escolha deve depender – e muito – do tamanho do produtor animal. “Acredito que principalmente para os pequenos produtores, recorrer a financiamentos seja, de fato, a alternativa mais viável para conseguirem manter seus negócios ativos”, afirma.
Por outro lado, em grandes cooperativas, por exemplo, normalmente o primeiro caminho seguido é outro. Ele conta que habitualmente as companhias enviam cartas aos fornecedores, sempre aos finais de cada ano, informando a suspensão do pagamento de débitos em aberto e com isso protelando a dívida para os primeiros meses do ano seguinte.
“Ainda que a quitação da dívida seja com juros, para essas grandes empresas essa possibilidade é interessante, pois assim elas conseguem fechar de forma positiva o balanço anual. Além disso, essa estratégia pode influenciar, inclusive, para a aprovação de possíveis empréstimos futuros”, finaliza o country manager da Quimtia Brasil.