Dados compilados pelo MAPA junto à SECEX/ME apontam que, ao contrário do ocorrido em 2022, as exportações de carnes dos dez primeiros meses de 2023 não conseguiram alcançar a marca dos US$20 bilhões em receita: o valor acumulado até outubro foi pouco além dos US$19,5 bilhões, correspondendo a uma redução de 10,69% sobre idêntico período do ano passado.
Não que o volume total exportado tenha recuado: aumentou 3,5%. Foi impulsionado por incrementos de 9,3% no de carne suína e de 6,8% no de carne de frango, mas parcialmente neutralizado pela queda de quase 4% no volume de carne bovina.
Ou seja: o que pesou na queda da receita foi o preço médio, quase 21% menor para a carne bovina e 3,4% inferior para a carne de frango. Quer dizer: salvou-se apenas a carne suína, mas em índice – +3,57% – insuficiente para impedir o retrocesso de 13,75% no preço geral das carnes.
Apesar do preço menor, a receita cambial da carne de frango ainda permanece com evolução positiva, de aproximadamente 2%. Mas o destaque, neste caso, segue com a carne suína, cuja receita aumentou 13% neste ano.
Já a receita da carne bovina – mesmo correspondendo à maior parcela da receita global das carnes: 43,86% do total – se encontra quase um quarto abaixo da auferida nos mesmos dez primeiros meses de 2022.