Como aconteceu em vários outros meses, os primeiros números de julho relativos às exportações de carnes, embora promissores, tendem a sofrer diluição no decorrer do período. Ainda assim chamam a atenção, pois enquanto de um lado registram grande expansão de volume em comparação ao mesmo mês do ano passado, de outro passam a apresentar menores índices de queda no preço médio, tudo se traduzindo na possibilidade de resultados novamente positivos na receita cambial.
Ultimamente, os melhores indicadores ficaram restritos à carne bovina, mas agora se estendem também à carne suína, ambas com aumento no volume médio diário superior a 40%. A carne de frango, mesmo com expansão mais modesta, registra incremento de, quase, 26,5%.
Mas o dado mais animador é o que diz respeito ao preço médio das três carnes. Pois ainda que continuem apreçadas por valor menor que o de um ano atrás, os índices anuais de redução são agora bem menores que os dos meses anteriores, variando entre 4,5% e 6,5%. Contra, por exemplo, quedas médias iguais ou superiores a 10% em maio e junho passado. Ou seja: indício de que a reversão de preços está próxima.
Mas as melhores perspectivas recaem sobre a receita cambial – negativas há um bom tempo ou, quando não, positivas graças apenas à carne bovina. Agora, o aumento de receita pode beneficiar as três carnes.
Detalhe que ainda não foi mencionado é que, mesmo ocorrendo reduções na receita e no volume médio diário, o incremento em relação a julho de 2023 pode atingir níveis dos mais significativos. É que julho corrente, com 23 dias úteis, tem dois dias úteis a mais que o mesmo mês do ano passado. E isto deve redundar em grande diferença.