Divulgada na semana passada, a última previsão de safra da CONAB indica produção de pouco mais de 115 milhões de toneladas de milho, 16 milhões de toneladas a menos (queda de 12,20%) que na safra passada. Do total previsto, perto de 78% corresponderão a produto do plantio da segunda safra.
Em termos relativos, a maior redução deve ocorrer no Sudeste, onde o recuo previsto gira em torno dos 20%. Mas isto corresponde a 2,5 milhões de toneladas a menos, um quarto da redução prevista para o Centro-Oeste, onde o volume produzido tende a uma redução de 13%.
Embora em índices bem menores, o Sul também registra queda de produção – de 7,5%. O interessante, porém, é que essa redução está sendo observada no Paraná (-15%) e em Santa Catarina (quase 7% a menos). Ou seja: paradoxalmente (frente à tragédia climática que o Estado enfrentou), a produção gaúcha tende a um aumento em torno de 30%. Aliás, será o único aumento entre as 11 Unidades Federativas do Centro-Sul.
Porém, em termos regionais, apenas a Região Norte escapa de uma redução. O previsto é um aumento de 8% em relação à safra passada. Mas o Norte responde por apenas 5% da produção brasileira de milho.
A registrar que – confirmando-se os valores apontados – a presente safra de milho ainda alcançará o segundo maior nível de produção da história, ficando cerca de 2,5% acima do volume alcançado na safra 2021/2022, o terceiro maior.