Após aumentos nos preços de todas as categorias de gado destinadas para o abate em São Paulo, o mês de agosto caminha para registrar a primeira alta nas cotações da arroba do boi gordo na variação anual, após mais de 20 meses de desvalorização neste comparativo, disse Felipe Fabbri, analista de mercado da Scot Consultoria.
“A oferta de fêmeas diminuiu frente aos últimos meses e a indústria, com margens interessantes, (vem) procurando manter plena capacidade de abate”, afirmou o especialista sobre os fatores que têm dado firmeza à cotação do boi neste mês.
O ritmo aquecido nas exportações de carne bovina tem contribuído, junto a uma melhora de escoamento no mercado interno em geral, para diminuir a pressão da oferta de bovinos em 2024, que foi recorde no primeiro semestre e segue boa.
Segundo Fabbri, o histórico indica crescimento da exportação no segundo semestre, o que tem se confirmado até o momento.
“Com o recorte, esperamos um cenário de estabilidade à alta às cotações do boi gordo Brasil a fora – mesmo com a aproximação do final de mês –, mas, com alguns fatores no radar: a saída de boiadas confinadas no segundo giro e a doença de Newcastle, que poderá elevar a competitividade entre a carne bovina e de aves provisoriamente no mercado interno”, acrescentou o especialista.
Nesta quinta-feira (22/8), o preço bruto do boi gordo permaneceu estável em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), cotado em R$ 235 por arroba a prazo.