Conforme o órgão de Alimentação e Agricultura da ONU, em agosto o Índice FAO de Preços das Carnes girou em torno dos 119,5 pontos, recuando 0,75% em relação ao mês anterior, mas permanecendo 3,72% acima do valor registrado um ano antes. No entanto, a média atual ainda ficou 1,24% abaixo dos valores alcançados dois anos atrás (meados de 2022), ocasião em que as carnes registraram recordes históricos de preços.
Quem enfrentou a maior baixa no mês foi a carne de frango, seu preço recuando 3,23% em relação a julho. Tal desempenho foi reflexo alongado – palavras da FAO – da suspensão voluntária das exportações brasileiras em decorrência do caso de Newcastle, “a despeito de o governo ter declarado o fim do episódio uma semana após a confirmação da ocorrência”. Ainda assim, o preço alcançado foi cerca de 1,5% superior ao de um ano atrás.
Por seu turno, os preços da carne suína recuaram mundialmente pelo segundo mês consecutivo em decorrência do desequilíbrio entre oferta e procura. Ou seja: enquanto as principais regiões produtoras têm amplas disponibilidades exportáveis, as regiões consumidoras continuam registrando fraca demanda pelo produto. Como resultado, em agosto ocorreram reduções de, praticamente, 1% e 3% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês do ano passado.
A carne bovina permanece imune a esse processo. Manteve o processo de alta iniciado em fevereiro e, com novo aumento mensal de, aproximadamente, 1%, alcançou em agosto valor cerca de 10,4% superior ao obtido no mesmo mês de 2023.
A registrar, ainda, que, pelos valores de agosto passado, comparativamente aos preços registrados dois anos atrás, no mesmo mês, as carnes suína e bovina obtiveram aumento de 6,7% e 1,7%, respectivamente, enquanto a carne de frango permanece com um preço 10,7% inferior.