Os países asiáticos são responsáveis por consumir 60% da produção de carne bovina do Brasil. Um mercado em expansão, e que segue as regras exigidas pela cultura religiosa do Islã. Na tradição muçulmana, a carne do animal só pode ser consumida depois de receber o selo “Halal”, na tradução, aquilo que é permitido, que é lícito.
As principais nações asiáticas que consomem carne bovina do Brasil são China, Emirados Árabes Unidos, Árabia Saudita e Jordânia.
“Um mercado crescente, que temos mais de dois bilhões de mulçumanos no mundo, e até 2030, acredita-se que 25% da população será muçulmana e a economia desses países é acima da média mundial,” comenta Orlando Negra, diretor de operações de um frigorífico, em Lençóis Paulista (SP).
Pensando neste mercado, produtores de carne bovina da região de Bauru (SP), estão investindo nesse estilo de criação de gado, que segue alguns ritos, até o dia do abate.
Os cuidados que já começam ainda quando o animal está no brete – uma estrutura construída perto do curral que permite a contenção de animais de forma individual. Tudo é controlado remotamente, tendo o mínimo possível de contato com o animal.
O animal para o abate leva um tiro de pistola de ar e depois é feito a sangria na garganta, ele deve estar olhando para a Meca – cidade sagrada ao Islã, onde segundo a tradição é o local de nascimento do profeta Maomé. Além disso, o animal deve ser jovem, não pode estar estressado e nem doente e tem que ser abatido por um mulçumano.