As exportações brasileiras de carne bovina cresceram 28% em volume de janeiro a setembro de 2024, destacando-se como um dos principais motores do agronegócio no ano, conforme aponta o “Índice de Exportação do Agronegócio” do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ), divulgado ontem, 26. Esse desempenho positivo contrasta com a retração geral do setor, que viu o faturamento em dólar cair 1% no mesmo período, totalizando quase US$ 126 bilhões.
A menor colheita de soja na safra 2023/24 e a redução nos embarques de milho limitaram o crescimento das exportações em volume, que aumentaram apenas 0,3% no acumulado de 2024 em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, os preços médios dos produtos exportados recuaram 1%, pressionando os resultados gerais.
Além da carne bovina, outros produtos registraram aumentos expressivos em volume, como algodão (+134%), café (+42%) e açúcar (+32%). Nos preços, as maiores altas foram observadas no suco de laranja (+45%), celulose (+28%) e frutas (+10%).
Apesar da valorização da carne bovina no mercado externo, a desvalorização de 4,3% do Real frente ao dólar ajudou a compensar parcialmente as perdas, impulsionando o faturamento em moeda nacional, que cresceu 3,5% na parcial de 2024.