Pelo quinto mês consecutivo – ou seja, desde o início do 2º semestre – os preços do boi, do suíno e do frango vivos evoluem positivamente – tanto em relação ao mês anterior como em comparação a idêntico mês do ano passado.
O maior ganho no mês (dados preliminares) fica com o boi, cujo preço médio em novembro deve ficar cerca de 12,5% acima do alcançado no mês passado. É seguido de perto pelo suíno que, por ora, apresenta valorização mensal em torno de 9,5%. Assim, o mais fraco ganho do período recai sobre o frango – algo em torno de 1%, o que – comparado aos ganhos do frango abatido, em torno de 5%-6% em novembro – sugere autossuficiência das empresas integradas e perda da importância da ave viva disponibilizada no mercado independente. Pelo menos em São Paulo.
Em termos anuais – isto é, em relação a novembro de 2023 – a situação se repete: o menor ganho é o do frango vivo, com valorização pouco superior a 8%. Já o maior ganho é, agora, o do suíno, pois seu preço médio no mês deve ficar cerca de 50% acima do alcançado um ano atrás. Mas o ganho do boi em pé também não é pequeno, pois deve ficar próximo de 45%.
Curiosamente, porém – isto é: a despeito dos fortes ganhos, mensal e anual – o boi em pé permanece em 2024 com um preço médio inferior, em quase 2%, ao dos mesmos 11 meses de 2023. Porque, em essência, seus preços no 1º semestre ficaram mais de 15% aquém dos registrados nos mesmos seis meses de 2023. E as altas mais recentes não cobrem esse forte recuo.
Já suíno e frango completam os 11 primeiros meses de 2024 com ganhos anuais significativos. O frango, com incremento de pouco mais de 6,6%; o suíno com mais que o dobro disso – 14%. O que não significa que seus ganhos sejam excepcionais. O frango, por exemplo, ainda se encontra com um valor nominal cerca de 2% inferior ao dos mesmos 11 meses de 2021.