Os dados compilados pelo MAPA junto à SECEX/MDIC apontam que em 2024 o Brasil exportou 9,665 milhões de toneladas de carnes, volume que representou aumento anual de 9,61%. Tais exportações geraram uma receita cambial de US$26,181 bilhões, volume 11,35% superior ao do ano anterior. Todos os resultados observados, quer individualmente, quer globalmente, corresponderam a novos recordes.
A carne bovina continuou sendo o carro-chefe das exportações brasileiras de carne. Embora tenha correspondido a menos de 30% do total de carnes exportadas, gerou quase metade da receita cambial obtida.
Representando pouco mais de 53% do total de carnes exportadas, a carne de frango registrou aumento de volume próximo de 3% e de pouco mais de 1% na receita. Mas em decorrência de seu preço menor (pouco mais de 40% do preço da carne bovina) gerou não mais que 37% da receita cambial das carnes.
Mais significativo (quase 9% a mais) foi o aumento de volume da carne suína, cuja receita aumentou perto de 7,5%. Com tais resultados, correspondeu a 13,5% do total exportado e gerou receita equivalente a perto de 11,5% da receita cambial das carnes.
A despeito dos volumes recordes, a receita poderia ter sido maior não fosse o recuo generalizado dos preços registrados. E, aqui, a maior perda (redução de 3% em relação ao preço alcançado em 2023) foi o da carne bovina. O preço da carne de frango recuou 1,6% e o da carne suína 1,3%.
Notar que, na tabela abaixo, a carne de frango in natura surge com resultado negativo tanto em volume quanto em receita. É provável, no entanto, que nessa compilação a carne de frango salgada (cujas exportações recuaram 7,5%) tenha sido incluída entre os produtos in natura, pois, pelos dados da SECEX/MDIC, nesse segmento o volume exportado aumentou mais de 3%, enquanto o aumento de receita ficou próximo de 1,5%.