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Maior queijo prato do mundo — Foto: Divulgação/Associação dos Queijeiros de Valença (AQV)
Após a coleta de 400 litros de leite de vaca, profissionais da Associação dos Queijeiros de Valença (AQV) se reuniram no Laticínio Marques de Valença, também no município, localizado na região conhecida como Vale do Café, para começar o preparo do queijo que será distribuído gratuitamente ao público durante o evento.
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Maior queijo prato do mundo — Foto: Divulgação/Associação dos Queijeiros de Valença (AQV)
“Esse queijo, fruto da união de mãos habilidosas e da receita original do queijo prato valenciano, simboliza a conexão entre o passado e o futuro da produção queijeira da região”, conta Fabrício Lê Draper Vieira, dono do Capril do Lago.
O primeiro passo foi a padronização da gordura a 3,4%, seguido da pasteurização lenta do leite, com temperatura de 65ºC por 30 minutos. O restante do processo inclui corte, prensagem e paciência. Veja abaixo:
- Manutenção do leite a 36ºC;
- Adição de fermento (mesofílico tipo O);
- 30 minutos de espera;
- Adição de cloreto de cálcio (160ml);
- Adição de urucum (80ml);
- Coagulante (10ml – 25 a 35ml para 1 mil litros de leite);
- 1h de espera;
- Corte da massa com liras horizontais e verticais distanciadas de 1,5 centímetro de aresta;
- Descanso de 5 minutos;
- Mexedura lenta de 20 minutos;
- Dessoragem 25%;
- Acréscimo de 25% de água a 65ºC com mexeduras mais rigorosas até atingir 42ºC durante 30 minutos;
- Pré-prensagem de 15 minutos com 60 quilos;
- Prensagem com dessorador com 80 quilos;
- 1h de espera;
- Primeira viragem do queijo com 120 quilos;
- Espera por 17h com temperatura controlada de 20ºC a 23ºC;
- Retirada do dessorador;
- Colocação do emblema da Associação Queijeira de Valença;
- Prensagem de 80 quilos por 3h;
- Retirada da prensa;
- Secagem.
Após a produção, o queijo foi levado a uma caverna, onde ficará maturando por 60 dias. Mas, como a festa acontece em 100 dias, a associação se programa para estabilizar o processo e embalar o produto para “adormecer” até o evento.
“Ele foi confeccionado em um laticínio com todo o cuidado de segurança sanitária. Seguimos a receita tradicional com a participação de pessoas de 16 queijarias e cerca de 20 mestres queijeiros”, finaliza Fabrício Vieira.
Além do coalho, canastra e minas, o queijo prato é 100% nacional. A história da iguaria no Brasil teve início em 1913, quando queijeiros da Dinamarca tentaram produzir na Fazenda Vista Alegre, em Valença (RJ), o Danbo, produto dinamarquês com casca amarela e pequenos buracos no interior.
Mesmo trazendo todos os utensílios da Europa e até o mestre queijeiro, um elemento não deixou que o resultado fosse o desejado: o clima brasileiro. Quando o queijo foi desenformado, a massa esborrachou como um prato, característica que deu o nome à iguaria.