Os abates de bovinos em Mato Grosso cresceram 16,63% em março no comparativo com fevereiro. No terceiro mês de 2023 o estado enviou para a indústria 472,48 mil animais. O volume é considerado, inclusive, o maior para o período desde 2007.
Os números são do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (10) em seu boletim semanal da bovinocultura.
Segundo o levantamento, os machos totalizaram 217,21 mil cabeças, com aumento de 10,07% na variação mensal.
“No entanto, o número de fêmeas foi destaque novamente, com acréscimo de 22,88% no comparativo mensal. Assim, o total de fêmeas abatidas sobressaiu o de machos pelo segundo mês consecutivo, e em março 2023 elas tiveram participação de 54,03%”, traz o Imea em seu boletim.
Cotação do bezerro influência
De acordo com o Imea, o viés de baixa enfrentado pelas cotações do bezerro foi um dos principais fatores determinantes dessa intensificação dos abates em Mato Grosso de fêmeas.
“Para se ter ideia, o bezerro de 12 meses e sete arrobas já registra queda de 27,58% em março de 2023 ante o mesmo período do ano passado, ao passo que o número de fêmeas abatidas teve um acréscimo de 31,79% no mesmo comparativo”.
Arroba do boi gordo recua em MT
Em mar a arroba do boi gordo em Mato Grosso registrou queda de 0,47% no comparativo mensal e foi cotada na média de R$ 242,07 (valor a prazo e livre de impostos). Já a praça de São Paulo apresentou retração de 2,59% no mesmo comparativo e esteve na média de R$ 285,10 a arroba no mesmo período (valor a prazo).
“Um dos fatores que contribuiu para a queda dos preços foi o período de embargo na produção de carne bovina com destino à China que ocorreu durante o mês de março. Mediante a queda mais acentuada em SP frente a MT, o diferencial de base entre as praças teve uma redução de 1,81 p.p. no comparativo mensal, e fechou mar.23 com a média de 15,09% (maior valor para o período desde mar.16). Por fim, o diferencial de base no curto prazo dependerá do comportamento do preço das arrobas em ambas as praças com a retomada das compras chinesas, considerando que o país ainda é o maior importador da carne”, salienta o Imea.