As importações de carne bovina pela China diminuíram em janeiro, mas, mesmo assim, as exportações totais do produto cresceram 5% no volume e 11% na receita, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), com base nos dados compilados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Em janeiro de 2024 a China, nosso maior cliente, comprou 97.056 toneladas, com receita de US$ 427,4 milhões e em janeiro de 2025 as aquisições caíram para 91.185 toneladas, com receita de US$ 448,9 milhões. Com isso, a participação relativa das vendas para a China caiu de 41,3% em 2024 para 37% em 2025, em volume, e de 46% para 43,4% em receitas.
A diversificação de clientes da carne bovina brasileira que vem ocorrendo nos últimos anos levou a exportação total (somadas carnes in natura e carnes processadas) para 246.762 toneladas que proporcionaram uma receita de US 1,035 bilhão em 2025, contra a movimentação de 234.146 toneladas e receita de US$ 930,1 milhões de janeiro de 2024. O preço médio pago pela carne brasileira também subiu em janeiro. Em 2024, ele foi de US$3.955 e em 2025 alcançou a US$ 4.196 por tonelada.
Os Estados Unidos continuam ampliando suas aquisições de carne bovina brasileira e ocuparam o segundo lugar entre os maiores importadores. Em janeiro de 2024 foram 49.723 toneladas com receita de US$ 147,2 milhões e participação de 15,8% na movimentação total. Em janeiro de 2025 a movimentação foi a 58.997 toneladas (+ 23,9%) e a receita US$ 146,4 milhões (-0,6%). A participação subiu a 23,9% do total exportado pelo Brasil. Também se destacaram em janeiro a Argélia, com importações de que passaram 1.115 toneladas em janeiro de 2024 para 8.058 toneladas em janeiro de 2025 e a Itália, que comprou 1.186 toneladas em 2024 e aumentou as aquisições para 4.876 toneladas em 2025. A Rússia e a Líbia, também ampliaram fortemente suas importações. O terceiro maior importador foi o Chile que elevou suas compras de 5.587 toneladas no ano passado para 8.146 toneladas neste ano (+ 45,8%), com a receita aumentando de US$ 25,2 milhões para US$ 45,2 milhões (+78,9%). No total, 75 países aumentaram suas aquisições em janeiro enquanto outros 53 reduziram as importações.