Oficiais de biossegurança nos aeroportos internacionais da Austrália relataram que os passageiros vindos da Indonésia no fim de semana estavam em maior conformidade com as avaliações sanitárias, à medida que as iniciativas do governo para manter a febre aftosa fora do país continuam aumentando. A afirmação faz parte de um comunicado publicado no site oficial do Ministério da Agricultura australiano.
Segundo a nota, todos os passageiros que retornaram da Indonésia foram avaliados pelos oficiais de fronteira, o que levou quase 3,7 mil viajantes a passarem pela verificação ou serem questionados de forma mais intensiva por oficiais de biossegurança no aeroporto de Melbourne, somente no sábado. As taxas de itens de risco de febre aftosa e calçados contaminados não declarados também caíram drasticamente em comparação com a semana anterior.
O aumento da conformidade ocorre quando os aeroportos que recebem voos diretos da Indonésia começam a utilizar tapetes de higienização nesta semana. Já receberam o equipamento os aeroportos de Darwin, Adelaide, Perth, Sydney e Melbourne, com alguns começando a testá-los antes do uso, enquanto outros darão início aos testes nos próximos dias.
Outras medidas de biossegurança também estão sendo implementadas nos correios. Todas as correspondências recebidas da Indonésia e da China estão sendo examinadas para produtos à base de carne, como outra nova ação para manter a Austrália livre do vírus. Na semana passada, foi anunciado que fragmentos virais de febre aftosa foram detectados em um alimento que havia sido importado da China.
“Como dissemos o tempo todo, acreditamos que o maior risco de a febre aftosa entrar na Austrália é por meio de produtos de carne rotulados incorretamente ou ilegalmente do exterior”, disse o ministro da Agricultura da Austrália, Murray Watt. “Nossas novas medidas significam que temos a resposta mais forte a uma ameaça de biossegurança na história da Austrália.”
Até o momento, o país não registrou nenhum caso de febre aftosa. “Continuaremos a implementar mais medidas, de acordo com os conselhos de especialistas em biossegurança, para manter essa doença fora do país”, concluiu o ministro.