Exportações têm crescimento de 10%; grupo sucroalcooleiro e do complexo soja se destacam
De janeiro a outubro deste ano, o agro de São Paulo alcançou U$S 15,87 bilhões nas exportações, registrando aumento de 10% na comparação com o mesmo período de 2020. Os dados fazem parte da nova edição da Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro, realizada mensalmente pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP. Também houve aumento de 10,4% nas importações estaduais, que somaram US$3,72 bilhões no período, contabilizando superávit de 12,15 bilhões no setor — aumento de 9,9% em relação aos dez primeiros meses do ano passado. O mês de outubro registrou, isoladamente, saldo positivo de US$ 1,06 bilhão.
Segundo apontam os pesquisadores do IEA José Alberto Angelo, Marli Dias Mascarenhas de Oliveira e Carlos Nabil Ghobril, responsáveis pelo estudo, o agronegócio perfez 36,3% do total exportado pelo Estado, enquanto as importações do setor representaram 6,7%.
Dentre os principais grupos de produtos exportados pelo agro, o complexo sucroalcooleiro segue sendo o mais representativo, com US$5,42 bilhões (34% do total do setor), seguido pelo complexo soja (US$2,31 bilhões) e setor de carnes (US$2,18). O grupo de sucos (US$1,34 bilhão) e os produtos florestais (US$1,33 bilhão) fecham a lista dos cinco maiores, cujo agregado correspondeu a 79,2% do total exportado pelo agro paulista de janeiro a outubro. Quanto às variações observadas, o complexo soja, com 21,5%, sucos (18,4%) e carnes (16,6%) apresentaram maiores aumentos nas vendas externas.
Os principais compradores do agro paulista, de acordo com os grupos mais expressivos, foram a China, no caso do sucroalcooleiro, complexo soja e carnes, e a União Europeia, no que se refere aos sucos e produtos florestais. Quanto às importações feitas pelo Estado, os maiores valores registrados foram de papel (US$284,37 milhões), trigo (US$276,15 milhões e salmões (US$250,34 milhões).