O desempenho do complexo soja – grão, farelo e óleo – do Brasil na safra 2022/23 superou os números da série histórica compilada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Dados atualizados em fevereiro e divulgados pela entidade mostram que no ciclo passado 2022/23 a produção de soja em grão somou 160,3 milhões de toneladas, com esmagamento de 54,16 milhões de toneladas. Já a produção do farelo totalizou 41,6 milhões de toneladas, enquanto a do óleo foi de 10,8 milhões de toneladas. As exportações também foram recorde, com 101,86 milhões de toneladas de soja em grão, 22,5 milhões de toneladas de farelo e 2,3 milhões de toneladas de óleo. A receita com as vendas externas dos três produtos foi de US$ 67,3 bilhões, disse a Abiove.
Para a safra atual (2023/24), foram mantidas as projeções do levantamento divulgado em março, que apontam desempenho inferior na produção ante a temporada anterior. A colheita do grão é prevista em 153,8 milhões de toneladas. Já a produção de derivados, segundo a Abiove, será maior para atender o mercado interno e, com isso, os embarques para o exterior serão menores. O esmagamento é estimado em 54,5 milhões de toneladas, resultando em 41,7 milhões de toneladas de farelo e 11 milhões de toneladas de óleo. A previsão para as exportações no atual ciclo se manteve praticamente sem alterações, com 97,8 milhões de toneladas para o grão e 21,6 milhões de toneladas para o farelo. Apenas a estimativa de venda do óleo caiu de 1,45 milhão de toneladas para 1,15 milhão de toneladas, segundo a Abiove, devido ao aumento da demanda no mercado doméstico. A receita prevista com as vendas externas do complexo soja é de US$ 59,7 milhões.
Em fevereiro deste ano, o processamento da soja foi de 3,53 milhões de toneladas, aumento de 4,7% em relação a janeiro de 2024 e 7,7% maior do que o registrado em fevereiro do ano passado, quando ajustado pelo porcentual amostral de 88,6%.