A autoridade sanitária da Arábia Saudita (SFDA, na sigla em inglês) retirou o embargo que havia sido imposto a cinco frigoríficos brasileiros desde o dia 6 de setembro, após um caso da doença “vaca louca” em Minas Gerais, Estado em que as plantas estão localizadas, conforme documento do órgão visto pela Reuters.
Agora a lista do SFDA, datada de quinta-feira, indica que as cinco unidades possuem status ativo, ou seja, estão autorizadas a embarcar carne bovina ao país árabe. São elas: Plena Alimentos, em Pará de Minas; MaxiBeef Carnes, em Carlos Chagas; Dimeza Alimentos, em Contagem; e as unidades da Supremo Carnes em Campo Belo e Ibirité.
O Ministério da Agricultura brasileiro confirmou à Reuters que o governo saudita suspendeu o bloqueio.
Dados da associação de exportadores de carnes Abiec mostram que a Arábia Saudita ocupa a nona posição entre os maiores compradores da proteína bovina brasileira.
Além de um caso em Minas Gerais, o governo brasileiro também identificou outro em Mato Grosso, ambos atípicos – quando a doença surge espontaneamente em animais mais velhos, sem risco para a produção, conforme a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês).
Maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil já havia suspendido embarques para seu principal cliente, a China, após a confirmação dos casos atípicos de “vaca louca”, em linha com um protocolo sanitário assinado pelos dois países.
Também em função da doença, a Rússia impôs na última quarta-feira restrições aos frigoríficos brasileiros localizados em Minas Gerais e Mato Grosso, passando a aceitar somente carne proveniente de gado abatido com 30 meses ou menos, além de uma certificação veterinária que comprove isso, conforme determinação do serviço de inspeção russo Rosselkhoznadzor.