Sipeagro e LPCO foram principais assuntos de reuniões entre a associação e Mapa; setor da inseminação artificial registrou forte crescimento em 2021
Encontros entre associações do setor de inseminação artificial (IA) bovina e autoridades governamentais podem sinalizar novos projetos e benefícios para produtores rurais brasileiros.
Nesta semana, a Associação Brasileira da Inseminação Artificial (ASBIA) reuniu-se com representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e outros órgãos ligados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no intuito de estreitar a relação entre as entidades e viabilizar ações que atendam às necessidades dos setores de melhoramento genético e agropecuária.
A ASBIA foi representada pelo seu executivo, Cristiano Botelho. Entre as autoridades presentes no encontro, destacam-se o secretário executivo do Mapa, Marcos Montes Cordeiro; o secretário adjunto da SDA, Márcio Rezende; o diretor do Departamento de Saúde Animal da SDA, Geraldo Moraes; o diretor do Departamento de Serviços Técnicos (DTEC), José Luís Ravagnani; o coordenador de Assuntos Especiais, Jamil Gomes de Souza, e o coordenador do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional, Fábio Florêncio Fernandes.
De acordo com Cristiano, as duas demandas principais que foram tratadas em Brasília foram relativas ao Sipeagro (Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários) e ao LPCO (Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos). “O intuito é encontrar uma estratégia em conjunto com o Mapa para facilitar o registro dos touros que estão em coleta nas centrais de genética, bem como agilizar os processos de importação de genética”, comenta o executivo.
Cristiano explica, ainda, que a ASBIA está engajada na missão de sensibilizar o Ministério da Economia para a importância dos investimentos em genética para contribuir não só para o desenvolvimento da pecuária nacional, mas de todo o setor econômico.
“Existe uma dificuldade logística em realizar todos os registros de touros que precisamos, mas essa é uma ação essencial para promover o crescimento da IA no Brasil. Qualquer investimento em genética é positivo, já que ela é o único insumo de efeito permanente que o produtor pode adquirir para a sua fazenda. Animais geneticamente melhores possibilitam a produção de mais carne e leite, sem necessidade de aumentar a área, em menor tempo e com menos recursos. Isso favorece toda a cadeia produtiva, do pequeno ao grande produtor, passando pelas autoridades e pelos consumidores finais”, completa.
Após um ano marcado pelo crescimento impressionante do setor de genética, Cristiano ressalta as previsões positivas para 2022. “Nos primeiros nove meses de 2021, as exportações de genética brasileira aumentaram 84%. A inseminação artificial está presente em 77,6% dos municípios nacionais, e a coleta de doses cresceu 70%. É um crescimento que tem tudo para acelerar mas, para isso, precisamos do apoio do governo para continuar contribuindo para o desenvolvimento da agropecuária nacional e para a missão de alimentar o mundo”, finaliza.