Esses números são possíveis com o uso da suplementação alimentar específica para vacas durante o período reprodutivo
Novembro chegou e, com ele, inicia-se a estação reprodutiva na pecuária de corte. No entanto, muitas regiões estão vindo de uma seca severa, o que pode reduzir a fertilidade das matrizes expostas à monta ou inseminadas artificialmente.
Bruno Pietsch C. Mendonça, diretor Comercial da Agrocria Nutrição Animal
Mesmo nessa situação, é possível aumentar consideravelmente as chances de prenhezes e ainda favorecer a produção dos chamados “bezerros do cedo”, aqueles nascidos em agosto/setembro/outubro e, normalmente, 30% mais pesados em comparação aos nascidos nos meses posteriores , dependendo do tamanho da estação de monta adotada.
Isso graças à ajuda da suplementação específica para esta categoria animal. Como já comprovado por diversas pesquisas científicas, uma vaca magra, que chegue à fase reprodutiva com 330 kg ou menos, dificilmente irá emprenhar.
Ela não terá acúmulo de gordura corporal suficiente para garantir as reservas energéticas necessárias no processo. Entretanto, vacas extremamente gordas terão igual dificuldade. Calcula-se o peso ideal entre 390 e 450 kg, dependendo do tamanho dos animais.
“A grande maioria das vacas dão cio entre novembro e abril porque esse é o período das chuvas no Brasil Central e em boa parte da região Norte, quando as condições ambientais para o desenvolvimento do pasto são ideais. Então elas ganham peso, melhoraram a condição corporal e o organismo delas entende que é hora de iniciar um novo ciclo reprodutivo”, explica o zootecnista Bruno Pietsch C. Mendonça, diretor Comercial da Agrocria Nutrição Animal.
Segundo o especialista, outro ponto importante é que a matriz chega a perder de 60 a 70 kg nas primeiras semanas pós-parto, iniciando um processo denominado “balanço energético negativo”. Pois, além do peso do bezerro, dos tecidos e líquidos da gestação, a vaca reduz seu consumo de alimentos.
Nos primeiros 60 a 90 dias pós-parto, a vaca, devido às mudanças hormonais e cuidados com a cria, tem seu consumo de pasto deprimido. Isso promove perda de tecidos corporais, principalmente gordura, para suprir a demanda energética do seu metabolismo, que, além das funções de mantença, passa a ter uma exigência maior por causa da produção de leite.
Nesses primeiros meses pós-parto, o bezerro é totalmente dependente do leite materno, visto que o desenvolvimento do seu trato digestivo (rúmen e retículo) ainda não é capaz de degradar as fibras das forragens, o processo inicia após o segundo mês de vida do animal.
“As categorias de vacas mais magras, em virtude do período da seca, ou que estejam em período de balanço energético negativo (pós-parto) devem ser tratadas com suplementos proteico-energéticos, como é o caso da linha Agrocria Protene, para melhorarem a condição corporal. Além de minerais, esses suplementos vão fornecer proteína e energia para uma melhor eficiência do rúmen e também prover nutrientes limitantes para que a vaca esteja apta a se reproduzir”, sugere Mendonça.
Aumentando prenhez e peso à desmama
Com uso de uma estratégia de suplementação específica à categoria, o balanço energético negativo é revertido para positivo e os animais passam a ganhar peso.
O suplemento proteico-energético é importante tanto para aumentar a produção de leite da vaca como para garantir condições e nutrientes suficientes para que a vaca ganhe peso. Assim, aumenta-se a chance de emprenhá-la novamente, três meses após a concepção.
“Pesquisas mostram que as vacas com condição corporal desejada possuem 75% de chance de serem fertilizadas enquanto as magras têm apenas 40%”, ressalta o zootecnista. Mas os ganhos não param por aí, a tecnologia também favorece a produção dos “bezerros do cedo”.
As vacas que emprenham no início da estação de monta (novembro) são aquelas que vão parir em setembro e estarão no seu pico de produção de leite em dezembro, quando o pasto está com sua melhor qualidade e o bezerro mais exigente.
“É por isso que os bezerros do cedo desmamam 30% mais pesados que seus congêneres do tarde, em média. Falamos aí de um acréscimo de uma a duas arrobas”, explica Mendonça. Com o quilo de bezerro cotado em torno de R$ 13,50 fica fácil calcular os ganhos potenciais. Também gera benefícios ao manejo.
Bezerros gerados no fim da estação de monta nascerão em janeiro ou fevereiro, período de chuvas regulares que não são o ideal para a saúde de um recém-nascido. Além disso, quando estiverem com os três meses de vida, entre abril e maio, a pastagem já estará com menor qualidade, o que, seguramente, irá impactar negativamente na produção de leite das vacas.