Com o objetivo de atualizar os produtores com informações relevantes e promover uma pecuária assertiva e respaldada por tecnologia, a Cargill lançou ontem, 16 de maio em Ribeirão Preto (SP), a 6ª edição do Benchmarking Confinamento Probeef. A iniciativa, realizada com produtores em todo o Brasil, reforça o compromisso da companhia de entregar a seus clientes os melhores resultados zootécnicos e econômicos do mercado. Um dos principais resultados é o otimismo dos confinadores para 2022: a pesquisa aponta que 60% dos entrevistados têm expectativas melhores para este ano, além de terem aumentado a média das arrobas produzidas.
Os dados da edição 2021 trazem, mais uma vez, um raio x único do setor, com indicadores que permitem ao produtor se comparar com a média dos 120 confinamentos analisados. Entre os dados considerados, se destacam o peso de entrada do animal no confinamento, ganho de peso diário, peso de carcaça e eficiência biológica. Com crescimento de mais de 80% em relação ao ano anterior, pela primeira vez o estudo avaliou mais de 1 milhão e 100 mil cabeças, contemplando as raças Nelore, Anelorado e Angus, além de cruzamentos leiteiro e industrial.
A pesquisa Benchmarking Confinamento já conquistou credibilidade em um dos setores de maior expressão nacional. Ao longo dos últimos seis anos, foram analisadas mais de 2,87 milhões de cabeças de gado, de 25 mil lotes de 180 clientes, com mais de 3,3 milhões de toneladas de dieta. Outros números confirmam a grandeza do segmento analisado: foram 21 milhões de arrobas produzidas, o que equivale a 199 milhões de quilos de carcaça.
No indicador peso de entrada e dias de cocho, o rebanho apresentou a média de 12,67 arrobas como peso na entrada do confinamento, com uma média de 117 dias de cocho – o que representa um aumento de 5,41% em relação ao primeiro levantamento de 2017. Em relação ao peso de carcaça e arrobas produzidas, a média apresentada foi de 20,77 arrobas e 8,10 arrobas produzidas – o melhor resultado já visto na série do Benchmarking, com um crescimento de 8,87% no peso de carcaça e 3,85% mais arrobas produzidas quando comparada com a pesquisa de 2017.
Já no indicador ganho de peso diário e ganho diário de carcaça, a média dos rebanhos analisados apresentou 1,526 quilos de ganho de peso e 1,041 Kg de ganho de carcaça, índices com aumento de 2,42% 2,45% respectivamente, desde 2017.
Em relação à eficiência biológica e conversão alimentar, os dados de 2021 indicaram uma queda de -1,67% de eficiência biológica em relação a 2017, tendo alcançado 6,93 Kg de matéria seca para cada Kg de ganho de peso vivo.
“A pecuária vem passando por uma série de transformações. Algumas são surpreendentes. Esses números apontam que a inovação e a sustentabilidade têm tido a tecnologia e a gestão como fortes aliados e isso favorece tanto a produtividade quanto a qualidade no confinamento”, destaca Felipe Bortolotto, gerente de Tecnologia para Gado de Corte da Cargill.
Por meio da marca Nutron, a Cargill tem atuado ao lado do produtor, especialmente porque a nutrição animal é um dos pilares no desenvolvimento na pecuária, já que o aumento da produtividade é uma das alternativas para o incremento da produção sem necessariamente investir em novas áreas para pastagem.
Por isso uma dieta bem balanceada é fundamental para atingir bons resultados e alcançar a melhor conversão alimentar, já que, quanto maior a energia da dieta, melhor será a conversão, desde que rotinas e manejos diários sejam consistentes e monitorados. Isso significa que o gado precisará comer menos para obter o mesmo ganho de peso e alcançar uma carcaça com melhor acabamento, o que se reflete em rentabilidade.
Perspectivas para 2022
Além dos 60% mais otimistas, o Benchmarking Confinamento Probeef apontou que 16% dos entrevistados têm expectativas iguais às do ano passado e apenas 15% acreditam que este ano será pior que 2021. Os produtores da região Sul são os mais otimistas, com 100% de expectativas positivas – visão também compartilhada pelos produtores da Bolívia e do Paraguai. Já o Centro-Oeste brasileiro foi a região com maior retorno de expectativas piores, com 21%, seguida da região Norte, com 18%.
Os pecuaristas também destacaram suas avaliações quanto às fortalezas e sensibilidades do setor. A maioria destacou o desempenho zootécnico como fator positivo e os custos de reposição como desafio. Já em relação às características do mercado, a maior parte dos entrevistados entende a gestão de risco como grande oportunidade e as instabilidades econômicas como ameaça aos objetivos do negócio.
Na avaliação de Tiago Zarpelon, Líder Comercial de Bovinos de Corte da Cargill, essa nova edição do Benchmarking Confinamento Probeef reflete diretamente uma série de avanços do setor. “Nossa proposta é de oferecer soluções customizadas ao pecuarista no Brasil e em outros países da América do Sul, sempre visando a melhor rentabilidade para eles. A pesquisa é um complemento dessa oferta e nos ajuda a propor serviços, ferramentas e produtos que ajudem o produtor a ir além, tomando decisões baseadas em fatos e dados para agregar ainda mais valor ao seu investimento”, analisa o especialista da Cargill.
Sustentabilidade
Para essa edição foi implementado um questionário autodeclaratório para reforçar a importância desse índice entre os participantes. Foram avaliados três pilares: Social, Ambiental e Econômico. Os resultados destacaram um engajamento maior dos produtores em atividades consolidadas, como a conservação de mata nativa e temas trabalhistas. Outros temas, como balanço de emissões de gases de efeito estufa (GEE) também já começaram a aparecer na pesquisa. Como nos outros tópicos, o produtor recebeu uma nota para se comparar com outros entrevistados e intensificar seu plano de melhoria contínua.