A expectativa é que os negócios para o boi gordo alcancem o patamar dos R$ 300,00/@ até o final desta semana. Diante da oferta restrita de animais e exportações aquecidas, as indústrias precisam pagar preços maiores para conseguir preencher as escalas de abate que seguem em níveis curtos.
Segundo o Analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a disponibilidade de gado está reduzida neste início de ano e os negócios estão sendo efetivados ao redor de R$ 290,00/@ no estado de São Paulo. “A tendência é que os preços fiquem próximos de R$ 300,00/@, mas o ponto principal dessa firmeza no mercado é a falta de animais prontos para o abate”, comentou.
O analista aponta que o término do auxílio emergencial pode prejudicar o consumo domestico por proteínas animais. Além disso, os preços atuais da carne no atacado não cobrem os preços pagos pela a arroba. “Por mais que tenha todo esse movimento de alta acaba sendo limitado por todas as preocupações com a demanda interna e vemos um movimento de alta no atacado, mas isso não quer dizer que o frigorífico está com uma margem operacional satisfatória”, destaca.
As exportações de carne bovina registraram um bom desempenho na primeira semana de janeiro, sendo que a média diária ficou acima das oito mil toneladas. “Com o real desvalorizado deixa as commodities brasileiras extremamente competitivas no mercado internacional. Nós precisamos observar muito atentamente como a recomposição dos planteis de suínos na China”, afirma.
Com a proximidade do feriado de ano novo lunar na China, a estimativa que é as compras reduzam nas próximas semanas. “Diferente do ano passado em que a China estava em ritmo de lockdown diante dos casos elevados de coronavírus, esse ano a potência chinesa deve comprar com um ritmo mais reduzido”, ressalta.