O mercado físico do boi gordo retornou do feriado com a realização de negócios acima da referência média, principalmente entre os animais que cumprem os requisitos de exportação para a China. “Esse animal em específico permanece muito demandado no mercado brasileiro”, destaca o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, o fato de os importadores chineses pagarem valores bastante interessantes para a carne bovina brasileira é um importante motivador para altas mais consistentes dos preços do boi gordo. Em relação ao mercado doméstico, o ambiente segue muito complicado, com os frigoríficos encontrando dificuldades na formação de receitas neste momento. Basicamente, há dificuldade de repasse do custo da matéria-prima ao longo da cadeia produtiva.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi subiu para R$ 356 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303, sem alterações. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 335 por arroba, contra R$ 332 anteriormente. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 317 para a arroba do boi gordo, contra R$ 315 anteriormente.
Atacado
O mercado atacadista do boi seguiu com preços firmes no decorrer da quarta-feira. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por algum espaço para alta dos preços ao longo da primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo. “O movimento será limitado, uma vez que a população brasileira permanece descapitalizada, optando por proteínas mais acessíveis”, pondera.
Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,70, por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 14,30, por quilo. Quarto dianteiro permanece cotado a R$ 15,50, por quilo.