Para a Radar Investimentos a chegada da segunda quinzena do mês e o recuo nos preços da carne no atacado ajudaram frigoríficos a tomar decisão.
As indústrias frigoríficas conseguiram alongar as programações de abate nas semanas anteriores e as negociações no patamar de R$ 320,00/@ reduziram no estado de São Paulo. O sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, ressaltou que esse movimento de pressão nas cotações deve ser pontual já que a oferta de animais segue restrita.
“Boa parte das indústrias necessitam completar os abates a partir do dia 26 de julho e tem algum espaço para ofertar valores de R$ 315,00/@. Além disso, as indústrias estão cautelosas com o escoamento da produção nesta segunda quinzena do mês, em que o consumo tende a reduzir com a população descapitalizada”, comentou.
A referência para a carne no atacado estava ao redor de R$ 19,50/kg até o final de junho, mas passou por um reajuste negativo e ficou cotado em R$ 19,49/kg no dia 08 de julho. Nesta terça-feira (13), o preço da carne passou por uma nova queda e está precificada em R$ 19,40/kg e hoje está próximo de R$ 19,34/kg.
Do lado da demanda externa, o consultor aponta que o desempenho das exportações nos primeiros sete dias úteis do mês foi satisfatório. “Se o ritmo continuar vamos alcançar 150 mil toneladas até o final deste mês. O faturamento também deve ser positivo até o final deste mês e deve beneficiar o poder de compra das indústrias frigorificas”, apontou.