O mercado de carne bovina apresenta baixa movimentação no comércio varejista própria do período onde os consumidores detêm baixo poder aquisitivo na espera do recebimento dos salários e aposentadoria.
Os pecuaristas, por sua vez, aproveitam as pastagens para segurar o animal no campo e diminuir ofertas no mercado, evitando sofrer pressão dos frigoríficos que já se encontram com escalas suficientes para atender a baixa demanda do mês.
Assim, por ora, o preço médio diário do boi gordo pronto para abate segue estabilizado neste início de ano e acompanhando o histórico de evolução dos últimos 13 anos que indica aparente estabilidade nos negócios realizados com o ruminante, embora no ano passado tenha alcançado melhores condições. Mesmo assim, a evolução atingiu apenas 3% e encerrou o mês em 1,5%.
Aparentemente, as condições de fechamentos com o boi vivo devem permanecer inalteradas, mesmo com a expectativa de reativação no consumo a partir desse final de semana com o recebimento de salários. Somente uma demanda aquecida para exportação por parte dos frigoríficos poderia alterar as condições de equilibrio reinantes no mercado. Mas, a princípio, isso parece ter pouca chance de acontecer no curto prazo.