A raça Brangus quer turbinar o melhoramento genético do rebanho da raça a partir da unificação de todos os programas de avaliação genética existentes no País.
A Associação Brasileira do Brangus (ABB) anunciou recentemente o Brangus+. Ele passa a reunir, em uma só base de dados, as informações dos programas de melhoramento genético da raça Natura, Promebo, Geneplus e ERBra.
A ideia da entidade é proporcionar resultados mais robustos e permitir a comparação destes animais auxiliando na seleção e melhoramento genético da raça em diferentes realidades de produção.
“Hoje uma das grandes demandas é justamente informações sobre a resistência dos animais a carrapatos. Essa unificação deve acelerar esse tipo de informação”, diz Ladislau Lancsarics Junior, presidente da Associação Brasileira do Brangus (ABB).
Brangus bem presente de norte a sul do Brasil
Com cerca de cinco mil animais genotipados, a raça Brangus está bem disseminada pelo País. A raça está logo atrás do Nelore e do Angus, em vendas de sêmen.
Cerca de 40% dos sócios que fazem avaliação genética, já aderiram ao programa da ABB.
A porcentagem é promissora, pois a média de participação dos sócios em outros programas é de 58%.
“A raça alia rusticidade com qualidade de carne e, por isso, temos diversos tipos de Brangus para todos os biomas brasileiros”, diz Lancsarics Junior.
Atualmente, a raça está em 21 Estados brasileiros, como em Mato Grosso, Pará e o Rio Grande do Sul.
Brangus tem pontapé inicial nos Estados Unidos
A raça Brangus é o resultado de um experimento entre o cruzamento do Angus e do Zebu, realizado por técnicos norte-americanos do Departamento de Agricultura de Jeanerette em 1912, no Estado de Louisiana.
Na mesma época, pecuaristas de Oklahoma, no Texas, e do Canadá também passaram a fazer acasalamentos semelhantes.
O objetivo dos cruzamentos era a criação de um animal que apresentasse altos índices de produtividade mesmo criado em condições de clima e meio-ambiente adversas, típicas das regiões tropicais e subtropicais.
A Criação do Ibagé que virou Brangus no Brasil
No Brasil, os cruzamentos começaram a ser feitos na década de 1940 por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Bagé/RS.
Inicialmente o resultado do cruzamento foi batizado de raça Ibagé pelos técnicos da época. Alguns anos depois, em função do cruzamento ser o mesmo alcançado nos Estados Unidos, o nome da raça passou a ser Brangus Ibagé, até que se tornou apenas Brangus, anos mais tarde.